Lula ainda repetiu o discurso do governo de que foi nos 12 anos de governo do PT no poder que a corrupção passou a ser investigada e não "varrida para debaixo do tapete". "A apuração de corrupção é um bem desse país", disse Lula. "A pessoa pode não gostar do PT, mas tem que reconhecer o que seria esse país se não fosse nosso governo".
Ele ainda falou que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff é uma tentativa de golpe da direita. "Os democratas não podem se conformar com essa tentativa de golpe explícito que querem dar quando falando do impeachment da Dilma." Sobre as delações premiadas, Lula diz que já ouviu dizer que se não tiver o nome dele em algum depoimento não tem relevância na denúncia.“Já ouvi que delação premiada tem que ter o nome do Lula, senão não adianta”, declarou. “Duvido que tenha um promotor, delegado, empresário que tenha a coragem de afirmar que eu me envolvi em algo ilícito.”
Sobre o processo eleitoral que se dará em 2016, ele afirma que será mais ativo junto ao PT do que foi nas últimas eleições. "Eu vou fazer mais política. Este ano tem eleições. Eu vou participar ativamente do processo eleitoral. Tem gente dizendo que o PT acabou, vocês vão ver o PT. Estou convencido que o Haddad vai ser reeleito, para ficar no exemplo da maior cidade", afirmou Lula. "Eu vou dar palpite, vou falar mais, vou conversar mais com companheiros. Vou ajudar meu partido a ganhar a eleição", continuou o petista.
Ele criticou também o Tribunal de Contas da União, afirmando que o TCU não pode esperar dois anos para decidir sobre a política de portos. "Não é o TCU que governa", disse. Lula defendeu, contudo, a reforma da Previdência, ressalvando que ela deve ser discutida com os movimentos sindicais. "Antes, a gente morria com 60 anos, agora, a gente morre com 70. A medida que a ciência avança, nós temos que avançar junto."