Rio - O governo federal deu sinal verde para que as centrais e os sindicatos de aposentados apresentem proposta de criação de plano de saúde que atenda idosos com prioridade. A iniciativa será em parceria com o Ministério da Saúde. Uma possibilidade que será discutida na segunda-feira pelos sindicalistas, antes de encaminharem a proposta ao Planalto, é adoção de modelo que tem como base o Sistema Único de Saúde (SUS). Seria cobrada contribuição dos segurados do INSS que ganham mais e a verba investida diretamente na rede do SUS. A proposta é do Sindicato Nacional dos Aposentados, ligado à Força Sindical.
“Adaptamos o sistema italiano, que prevê a contribuição para quem ganha mais de 800 euros. Até essa faixa, o aposentado é isento lá na Itália. A ideia é incluir o SUS em um grande projeto nacional de atendimento”, afirma o presidente do sindicato, João Batista Inocentinni.
Além da criação do plano de saúde, os aposentados também vão debater a manutenção e a ampliação da cesta de medicamentos de uso contínuo distribuídos gratuitamente ou com preços reduzidos. Até o dia 14 deste mês, os representantes dos idosos vão apresentar uma lista de remédios, que são mais usados
De acordo com o presidente do Sindicato dos Aposentados, João Batista Inocentinni, o objetivo é consultar médicos do SUS para verificar quais os medicamentos têm sido mais usados por idosos. Com essa indicação, eles vão propor ao governo a inclusão na cesta de medicamentos.
“Não adianta dar remédio de graça ou com preço mais baixo, se não for aquele que os médicos receitam para os doentes”, reclama Inocentini.
Os aposentados querem que a cesta tenha mais remédios contra pressão alta, diabetes e problemas circulatórios.
O ministro Gilberto Carvalho destacou o compromisso do governo em discutir todos os pontos da pauta dos aposentados. Já o ministro Garibaldi Alves disse ter ficado satisfeito com o fato de o grupo que se reuniu avançar definindo metodologia de trabalho. Uma pauta será fechada para ser discutida ao longo do ano.