Por bferreira

Rio - A assessoria técnica do Ministério da Defesa trabalha para inserir na Lei Orçamentária Anual (LOA), o pagamento da diferença remuneratória de 28,86% para as Forças Armadas. O esforço se arrasta desde 1993 e, ao que parece, pode sair do papel no próximo ano.

O órgão fez esse informe ontem, em reunião com representantes da União Nacional de Esposas de Militares das Forças Armadas (Unemfa) e da Associação Nacional dos Militares do Brasil (ANMB).

Apesar da sinalização positiva, a proposta não agradou em nada a categoria. A conversa com o Planejamento seria para viabilizar o pagamento do montante de R$ 5 milhões. Segundo a Defesa, o objetivo é que isso aconteça em sete anos, assim como foi feito com os servidores civis do Executivo. O impasse desta vez ficaria por conta do prazo. “Grande demais”, afirmam sindicatos e entidades representativas.

A resposta dos militares que destacam a pressão que vem de dentro dos quartéis para o pagamento imediato foi rápida. “Queremos pagamento integral e não aceitaremos que nossos soldos sejam corroídos pela inflação”.

Em clima cada vez mais tenso entre as Forças Armadas e o governo, a categoria prepara para amanhã, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, manifestação para colocar em pauta a campanha salarial e a valorização da carreira militar.

CLIMA TENSO NAS BASES

O clima entre as Forças Armadas e o governo federal está cada vez mais tenso. Entidades representativas alegam que o ministro da Defesa, Celso Amorim, se recusa a a abrir o diálogo com os militares para discutir pautas importantes para a categoria.

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