Por bferreira

Rio - Os professores estaduais em greve terão corte de ponto. A Secretaria Estadual de Educação decidiu que vai manter a orientação encaminhada às direções das escolas de aplicar falta aos professores que não forem trabalhar. O desconto do dia parado é um dos pontos centrais discutidos pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe).

Coordenadora do sindicato, Ivanete Conceição condenou a decisão e disse que a secretaria se antecipou à decisão judicial. Já que não há, segundo a entidade, decisão da Justiça sobre o tema: “Tomamos todos os cuidados para que a paralisação fosse considerada legal. É inadmissível que o governo corte o ponto dos professores. Não há ninguém parado. Estamos em processo de reivindicação e busca por reconhecimentos”.

Segundo ela, o sindicato não foi comunicado oficialmente sobre o corte até a noite de ontem. “Entramos em contato com a secretaria e pediram para retornamos em trinta minutos. Depois do prazo, ligamos de novo e todos os celulares foram desligados”.

Conforme a Secretaria de Educação, 327 docentes faltaram ontem. Ainda sobre a aplicação de falta, o Sepe afirma que o estado está considerando a atual greve ilegal baseado em decisão judicial de greve que ocorreu em abril.

A categoria se reúne hoje em assembleia, às 14h, no Instituto de Educação, na Rua Mariz e Barros 273, Tijuca.

ABONO DE FALTA

Enquanto isso, na Prefeitura do Rio, o secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, informou à coluna que o município abona a falta caso o Sepe suspenda a greve. “Para que seja possível iniciar o diálogo com os representantes da Educação”.

PLANO UNIFICADO

Pedro Paulo declarou que o governo tem simpatia por um plano de cargos e salários unificado. E completou que há possibilidade de enviar à Câmara até dezembro um novo PCCS. Contudo, a prefeitura quer o término da greve para continuar a negociação.

ALGUNS TEMAS

Entre os temas discutidos estão a unificação do plano de carreira do magistério com os profissionais de apoio. Segundo o secretário-chefe, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, todos seriam contemplados, inclusive, quem já não está mais na ativa.

EQUIPARAÇÃO

Há sugestão de se equiparar o salário/hora dos Professores II com Professores I. Em carga horária de 40h, a média subiria de R$ 2.600 para R$3.400. Segundo Pedro Paulo, a equiparação seria maior do que os 19% de aumento exigidos pelo sindicato.

AUDIÊNCIA COM SEPE

Os temas foram debatidos ontem, em audiência com diretores e coordenadores do sindicato. O encontro também contou com a participação do vice-prefeito Adilson Pires. Coordenadora do Sepe, Marta Moraes criticou a exigência de suspender a greve.

ADESÃO DE 10%

Segundo a Casa Civil, 10% dos professores aderiram à greve. Hoje, assembleia define a continuidade da paralisação. O encontro será a partir das 10h, no Largo do Machado. Depois, o grupo vai seguir para o Palácio da Cidade, onde promove ato público.

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