Por bferreira

São Paulo - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai reativar a proibição, a partir de amanhã, da venda de 246 planos de saúde de 26 operadoras alvos de excessivas reclamações por parte de consumidores. A retomada do bloqueio foi anunciada após a agência conseguir vitória no processo judicial que, em 20 de agosto, questionou a suspensão temporária e levou a ANS a cancelar a punição.

Com a nova sentença, o diretor-presidente da ANS, André Longo, decidiu retomar a punição às operadorasABr

Dos 246 planos, 34 já estavam com as vendas proibidas desde o início do ano e terão o bloqueio estendido. Os outros 212 deveriam ter vendas bloqueadas em 23 de agosto.

No dia em que a lista foi anunciada, porém, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde) conseguiu liminar a favor das associadas, responsáveis por 136 dos 212 planos. O diretor-presidente da ANS, André Longo, recuou na decisão de suspender as vendas.

A liminar, do desembargador do TRF da 2ª Região Aluísio Mendes, não impedia as proibições. Apenas obrigava a ANS a refazer os cálculos que levaram à inclusão desses 136 planos na lista de suspensões.

A agência decidira, então, cancelar a proibição temporária. Assim, todos os 212 planos deixaram de ter as vendas bloqueadas, e não apenas os 136, que são pertencentes a Amil, Amico (do grupo Amil) e SulAmérica e entre outras.

Consultado antes do anúncio da retomada da proibição, o advogado Guilherme Valdetaro Mathias, do escritório Sergio Bermudes e representante da Fenasaúde, disse que o impacto da decisão seria nulo.

“As operadoras dizem que respondem todas as reclamações dentro do prazo”, disse Mathias. “A meu ver, a liminar foi mantida em sua essência, o que não permite que a ANS suspenda os planos de saúde (das afiliadas da ANS)”.

Reportagem de Vitor Sorano, do iG São Paulo

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