Rio - Trabalhar na informalidade além de ser arriscado, limita o crescimento do negócio e a sua divulgação. Quem quer se formalizar, mas não tem muito dinheiro para investir, uma boa opção é se tornar um microempreendedor individual (MEI). E para ter uma boa gestão profissional da empresa é fundamental estabelecer a divisão entre a conta corrente pessoal e aquela destinada ao negócio, para não haver confusão.
Por Cezar Vasquez
PERGUNTA E RESPOSTA
“Faço doces e salgadinhos para vender, mas uso apenas uma conta bancária para minha vida pessoal e meu negócio, o que acaba me deixando confusa. Devo legalizar o meu negócio e criar uma conta para a minha empresa?”
Débora, Pavuna
Débora, é muito importante formalizar o negócio e melhorar o controle das suas finanças — tanto pessoais, quanto do empreendimento. A informalidade traz sérios riscos que podem limitar o crescimento e a divulgação do negócio. Já a formalização gera oportunidades e ganhos, pois você poderá emitir notas fiscais; divulgar e vender para empresas maiores, que exigem nota; fechar parcerias; acessar linhas de crédito e até comprar diretamente dos fornecedores por preços mais em conta, já que não precisará passar por intermediários.
Com a atividade de doceira e salgadeira você poderá se formalizar como microempreendedora individual (MEI), que é a pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário. O MEI pode faturar no máximo R$ 60 mil por ano e não pode ter participação em outra empresa como sócio ou titular. Além disso, pode contratar um empregado.
Lidar com dinheiro nem sempre é fácil, ainda mais quando é necessário administrar, ao mesmo tempo, as suas finanças e as da empresa. Por isso, é fundamental estabelecer a divisão entre a conta corrente pessoal e aquela destinada ao negócio. Ambas têm especificações distintas.
A primeira é destinada às suas necessidades pessoais e seus sonhos. Já a segunda tem foco no negócio, nos fluxos de caixa, nas metas, na rentabilidade e nas vendas. Uma dica: não leve as despesas domésticas para a empresa e defina antecipadamente as suas retiradas mensais.
Cezar Vasquez é superintendente do Sebrae-RJ. Amanhã, Sucesso nas Compras