Por thiago.antunes

Rio - A manifestação organizada pela União Nacional das Esposas de Militares das Forças Armadas Brasileiras (Unemfa) e prevista para este sábado, por conta dos desfiles do 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pode não acontecer. Isto porque a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) está orientada a coibir qualquer tipo de protesto na capital.

Em razão desta determinação, a PM expulsou as manifestantes que estavam acampadas no local desde julho. A retirada foi na quinta-feira e ocorreu de forma truculenta. “A polícia está muito ofensiva. Por isto, não sabemos se conseguiremos fazer o protesto”, disse Ivone Luzardo, presidenta da Unemfa.

Ela explicou que o motivo de tanta apreensão por parte do governo se dá em função do deslocamento dos Black Blocks a Brasília, cuja manifestação pretendida pode ser pouco ou nada pacífica, a exemplo do que vem ocorrendo no Rio de Janeiro.

Ainda assim, a Unemfa fará o possível para erguer a voz e chamar a atenção da presidenta Dilma Rousseff. Elas exigem aumento dos soldos dos militares e o pagamento da diferença remuneratória de 28,86%, referente a reajuste de 1993. “O governo diz que não há recursos, mas sabemos que eles têm R$ 5,9 bilhões disponíveis para as Forças Armadas”, declarou.

Vão protestar

“Independentemente do que acontecer, vamos às ruas protestar”, disse o Cabo Emanuel Torres, que comanda a Organização Não Governamental (ONG) SOS Militares.

Arbitrariedade

“A ONG foi criada para contornar a arbitrariedade do Exército, que, em casos de doença, julga o militar incapaz e dá baixa a ele, sem qualquer auxílio”, disse Torres.

Exames rigorosos

“O candidato (a militar) passa por exames rigorosos. Assim, a maioria das doenças é adquirida em serviço e não é justo ser dispensado sem qualquer auxílio”, disse.

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