Por cadu.bruno

Rio - O Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos, na Vila Militar, Zona Oeste, está ameaçado de fechar sob a alegação de “espaço improdutivo”. A informação foi repassada à coluna por um suboficial, que prefere não se identificar. Ele afirma que a iniciativa seria uma decisão do Alto Comando da Força e envolve também a transferência do Museu da Aeronáutica.

Segundo o militar, corre nos bastidores que o tenente-brigadeiro Paes de Barros estaria negociando o espaço com empresas privadas. Como o fechamento da unidade não encerraria as atividades no local, oficiais de baixa patente seriam transferidos e companhias terceirizadas assumiriam a manutenção das aeronaves.

Os militares seriam alocados em unidades na Ilha do Governador (RJ), São Paulo e Lagoa Santa (MG). “Com o remanejamento, centenas de famílias seriam transferidas de forma compulsória, deixando os imóveis novos, construídos para os Jogos Mundiais Militares. Os que forem para outros estados vão pagar aluguéis caríssimos”, diz o suboficial.

Outras denúncias pesam contra o Alto Comando da Aeronáutica. Em maio, a Controladoria Geral da União (CGU) solicitou que o Ministério da Defesa investigasse oficiais por supostas irregularidades, como tráfico de influência e compras sem licitação.

Sem licitação

O suboficial reformado Marcos Reis dos Santos é o autor de denúncias acatadas pela CGU. Ele afirma que o processo de modernização de aeronaves teria sido feito sem licitação.

FAB pede tempo

A assessoria de imprensa da FAB solicitou à coluna mais tempo para responder às supostas denúncias. O departamento deve emitir comunicado oficial durante a semana.

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