Rio - No último sábado a coluna publicou a denúncia de que o Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos pode ser fechado sob a alegação de “espaço improdutivo”. A informação foi repassada por suboficial que pediu sigilo quanto a sua identificação.
O coronel Henry Wilson Munhoz, responsável pela comunicação da Força Aérea Brasileira (FAB), rebateu as acusações. “A iniciativa é pública e vem sendo tratada há anos. Além disso, o fechamento do parque não inviabiliza as demais atividades do Campo dos Afonsos”, frisou.
Com relação à transferência dos oficiais, o coronel destacou que as mudanças no serviço militar são constantes. “O candidato entra consciente que a cada período será deslocado para outra região”, declarou, acrescentando que isto não afeta a Vila Militar, conjunto de casas construídas para os jogos militares, pois outros oficiais vão ocupar as residências.
Referente à investigação por parte do Ministério da Defesa em função de solicitação da Controladoria Geral da União (CGU), por supostas irregularidades no alto comando da Força Aérea Brasileira, Munhoz frisou que o objeto da denúncia — aquisição de produtos e serviços com dispensa de licitação, como o caso da modernização de aeronaves — está sendo averiguado pelo órgão competente.
CONTINGENTE DE 70 MIL
“O Campo dos Afonsos é um espaço gigantesco e não diz respeito apenas ao Parque de Material. O contingente atual é de 70 mil pessoas trabalhando no complexo”, disse o coronel.
FUTURO DO PARQUE
“O futuro do parque é debatido no Plano Estratégico da Aeronáutica, disponível na internet. A sociedade está cobrando instituições públicas menores e melhor geridas”, afirma.
ENXUGAR OS CUSTOS
“Com relação à modernização das aeronaves, a iniciativa também visa enxugar os custos da FAB, diminuindo a frota, que será de 400 aeronaves”, concluiu o porta-voz.