Por bferreira

Rio - Pequenos, médios e grandes comerciantes de todo o país e do Rio já sentem os efeitos da greve dos bancários sobre o faturamento dos negócios. A reclamação do empresariado foi ouvida pelas principais entidades de classe. Por conta disso, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) enviou à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), ontem, carta apelando por acerto entre as partes, visto que o setor pode sofrer perdas de até 30% nos primeiros dias de outubro, época de pagamentos e de compras para o Dia das Crianças.

Presidente da Saara, no Centro do Rio, Enio Bittencourt confirmou que a paralisação dos bancários, somada às manifestações dos professores, deve fazer o faturamento do varejo ser 30% menor. “De um lado bancos fechados e do outro protestos. Não há como quantificar a perda, mas será em torno de 30%”, calculou.

Gerente da loja de material de construção Edil, Lucicleide Maia, frisou que o fluxo de clientes caiu consideravelmente nos últimos dias e que as pessoas não conseguem sacar dinheiro em função do limite de retirada nos caixas eletrônicos.

O presidente do Conselho Empresarial de Comércio de Bens e Serviços da Associação Comercial do Rio (ACRJ), Aldo Gonçalves ressaltou a necessidade de os bancários promoverem alguma forma de atendimento à população, principalmente em dias de pagamento. Ele disse que apesar de legítima, a greve atrapalha a vida comercial da cidade. Gonçalves também preside o Clube dos Diretores Lojistas do Rio (CDL).

Diretor de Imprensa do Sindicato dos Bancários do Rio, Ronald Carvalhosa afirmou que apenas 18% das transações financeiras são feitas diretamente em guichês de caixas nos bancos e que 82% ocorrem de outras formas, como atendimento eletrônico e internet.

Em relação à paralisação, ele afirmou que não há expectativa de suspensão do movimento, visto que a negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não prosperou. [-30%]A greve completa 16 dias hoje, com 11.156 mil agências fechadas, segundo o sindicalista.

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