Por bferreira

Rio - O lucro do pré-sal será obtido somente depois de 2015, mas os dividendos da exploração atraem interesses de todas as instituições ligadas à União. Na quinta-feira, o Ministério da Defesa apresentou no Congresso seu Projeto de Lei Orçamentário Anual (PLOA) para 2014. A pasta quer que o repasse alcance, num período de dez anos, 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Atualmente, o país destina cerca de 1,5% do conjunto total de riquezas à Defesa.

Segundo os generais, o custeio e investimento para as Forças Armadas cresceram 103% nos últimos seis anos. Desde 2008, quando foi estabelecida a Estratégia Nacional de Defesa (END), o montante passou de R$ 9,6 bilhões para R$ 19,5 bilhões. O projeto prevê a destinação de R$ 72,8 bilhões, sendo 68,6% para despesas com pessoal e, neste caso, estabelece 42,1% para o Exército; 28% para a Marinha; 26,6% para a Aeronáutica; e 3,3% para Administração Central.

Por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os militares adquiriram o lançador de mísseis Astros 2020, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras e o blindado Guarani. No entanto, se a verba para a Defesa não for reajustada para 2014, poderão ocorrer dispensas generalizadas no Exército, Marinha e Aeronáutica. O fato já acontece.

PAÍS ESTÁ VULNERÁVEL

Ministro da Defesa, Celso Amorim demonstrou preocupação ao admitir que o país está vulnerável com a possibilidade de espionagem americana no Brasil.

QUAIS INFORMAÇÕES?

“Não dá para saber quais informações os EUA conseguiram. As Forças Armadas fazem levantamento para verificar se dados militares foram foco da espionagem”, disse.

PROTEÇÃO ESPECÍFICA

Amorim disse que informações sigilosas são protegidas de maneira específica. Mas “se conversas foram monitoradas, o Brasil está em posição de vulnerabilidade.”

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