Por bferreira
Rio - Responsável pelo acordo entre o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) e os governos municipal e estadual que pôs fim à greve da categoria no Rio, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux declarou ontem que permitir a greve de servidores públicos é “demagogia” e “desatino”. Durante discurso em seminário no Rio, Fux criticou a Constituição Federal de 1988, por garantir o direito de greve no funcionalismo.
Segundo ele: “a greve do servidor não tem eficácia. Só prejudica aqueles que dependem do serviço público”. Além disso, o ministro disse ser contra a paralisação dos professores e as manifestações.
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Diretora do Sepe, Vera Nepomuceno caracteriza como lamentáveis as declarações. “A Constituição de 88 foi a que mais avançou no direito do trabalhador. E servidores não são sacerdotes, são trabalhadores”, disse.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores das Justicas Federais no Rio, Valter Nogueira Alves, a postura do ministro foi incoerente, já que o Supremo reconhece o direito de greve dos servidores. “Ele disse que a lei vale para uns e não para outros”, exclamou.
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POSTURA ATRASADA
Secretário-geral da Condsef, Josemilton Costa entende a postura do ministro como atrasada. “Somos trabalhadores como qualquer outra categoria. Pagamos impostos, contribuimos para o país”, alegou.
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PROJETO DE LEI
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Segundo Josemilton Costa, o projeto do senador Romero Jucá (PMDB/RR) que regulamenta o direito de greve do servidor público ainda está sendo discutido pelas centrais sindicais.
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REUNIÃO DIA 10
No próximo dia 10, representantes das centrais sindicais se encontram novamente com o senador para discutir sobre o projeto. “Queremos que seja levada em consideração a proposta dos sindicatos”, disse Josemilton.
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