Por tamyres.matos
Rio - Os dirigentes sindicais do segmento de aposentados do INSS vão procurar os pré-candidatos à Presidência da República para propor o fechamento de um termo de compromisso com as reivindicações da categoria. Os representantes das entidades querem marcar reuniões com os prováveis presidenciáveis à sucessão de Dilma Rousseff nas eleições marcadas para o mês de outubro deste ano.
O objetivo é comprometer os candidatos, os partidos, as coligações e as alianças partidárias que serão fechadas nos próximos meses para garantir as propostas que serão apresentadas pelos aposentados. A pauta, em linhas gerais, tentará garantir a desaposentação, implementar aumento igual para todos, independentemente do valor dos benefícios, fim do fator previdenciário, que continua reduzindo o valor das rendimentos de quem se aposenta pelo INSS, entre outros pontos.
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“Vamos chamar os presidenciáveis para que eles assumam compromissos na campanha para depois cobrarmos de quem venceu a eleição”, explica o presidente licenciado do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Batista Inocentinni (foto), ligado à Força Sindical.
Segundo Inocentinni, os aposentados querem também aproveitar o ano eleitoral e mostrar que eles podem influenciar o resultado das urnas. Afinal, são mais de 30 milhões de segurados do INSS espalhados pelo país e muitos ainda estão aptos a votar.
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Inicialmente, as lideranças do movimento sindical vão esperar a definição do quadro eleitoral no país. Querem verificar como os pré-candidatos tendem a se comportar nos primeiros meses do ano. Em seguida, vão propor encontros para discutir as pautas de reivindicações.
O presidente da Confederação Brasileira de Aposentados (Cobap), Warley Martins, lembra que as atenções de todos vão estar voltadas para as eleições de outubro deste ano. Segundo ele, o cenário político nacional antes da votação para escolher o sucessor de Dilma ou dar mais quatro anos à presidenta será propício para os aposentados pressionarem os candidatos.
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Para Martins, além das eleições, este ano terá um outro elemento que também vai influenciar o andamento das negociações entre governo e aposentados: a Copa do Mundo. “Na verdade, eu estou temeroso com os dois eventos que acontecem este ano. Tudo vai estar voltado para a Copa e as eleições. Meu medo é a economia perder o rumo”, diz o presidente da Cobap.