Por thiago.antunes
Rio - Um prejuízo estimado em R$ 4,4 bilhões para os setores de comércio e serviço do Estado do Rio. Esse é o cálculo do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) com os quatro feriados a mais neste ano devido à Copa do Mundo — nos dias de jogos da Seleção Brasileira, caso seja aplicada a Lei Geral da Copa. Os quatro somados aos 12 feriados previstos no estado, pode fazer o ano terminar com 16 dias parados elevando a perda para R$ 17,6 bilhões .
“Este prejuízo pode ser ainda maior se formos contar que, pelo menos, dois desses dias de competição devem virar feriadão por caírem na terça-feira e na quinta-feira. É certo que as pessoas vão emendar, prejudicando ainda mais o comércio”, reclama Aldo Gonçalves, presidente do CDL-Rio.
Gilson dos Santos%2C proprietário da Casa do Acrílico%2C na Lapa%2C está muito preocupado com o excesso de feriados previstos para este anoUanderson Fernandes / Agência O Dia

A equipe brasileira joga suas três partidas na 1ª fase em dias úteis de junho: 12 (quinta-feira, às 17h, contra a Croácia, em São Paulo), 17 (terça-feira, às 16h, contra México, em Fortaleza) e 23 (segunda-feira, às 17h, contra Camarões, em Brasília). Se chegar à semifinal, o Brasil jogará dia 8 ou 9 de julho (terça ou quarta-feira). Os outros quatro jogos possíveis serão aos sábados ou domingos.

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Quatro feriados em junho

Contando apenas o Município do Rio, o presidente do CDL-Rio diz que a perda diária é de R$ 725 milhões. E como a cidade tem três feriados a mais que o estado, ou seja 19 dias de folga, a conta fecha em R$ 1,37 bilhão.

Presidente do CDL-Rio%2C Aldo Gonçalves é contra feriados da CopaDivulgação

“Não há necessidade de feriado nesses dias já que a seleção não joga no Rio. Todos vão acompanhar as partidas pela TV. O comércio poderia parar meia hora antes do jogo e retornar depois, dependendo da atividade”, avalia Gonçalves, dizendo ainda que mês de Copa já é período em que as vendas caem. “As pessoas estão focadas na competição. O que aumenta são as vendas de TVs e artigos esportivos”, diz.

Com o feriado de Corpus Christi, dia de 19 de junho, o mês terá quatro feriados com as três partidas do Brasil na primeira fase da Copa. 

“Quatro feriados num só mês derruba qualquer comércio. Os principais centros comerciais vão sofrer muito. O problema é que os impostos e a folha salarial são as mesmas”, observa Darcílio Junqueira, superintendente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes.
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Dias parados preocupam comerciante
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Gilson Silva dos Santos, de 59 anos, dono da Casa do Acrílico, na Lapa, está preocupado com o excesso de feriados que haverá este ano. Com 45 funcionários em sua fábrica, na Rua dos Inválidos, ele diz que terá prejuízo com as paralisações.
“Além de parar a produção, os meus clientes deixarão de vender. Resultado, menos encomendas. Ainda estou preocupado com as possíveis manifestações de rua, como aconteceu na Copa das Confederações no ano passado e que foi muito prejudicial a todos”, lembrou.

Feriados nacionais
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1º de janeiro, Confraternização Universal (4ª feira); 18 de abril, Paixão de Cristo (6ª feira); 21 de abril, Tiradentes (2ª feira); 1º de maio, Trabalho (5ª feira); 7 de setembro, Independência (domingo); 12 de outubro, N.S. Aparecida, (domingo); 2 de novembro, Finados (domingo); 15 de novembro, Proclamação da República (sábado) e 25 de dezembro, Natal (5ª feira).
Dias facultativos 
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3 de março, 2ª feira de Carnaval; 5 de março, 4ª feira de Cinzas (até as 14h); 28 de outubro, Dia do Servidor Público; 24 e 31 de dezembro, véspera de Natal e de Ano-Novo.
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