Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - Unidas em campanha salarial, entidades representativas dos servidores públicos federais consideram a possibilidade de fazer greve geral este ano. O objetivo é cobrar mais investimentos do governo no setor. Segundo a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), o cenário atual da administração pública é preocupante e pode ficar ainda pior, a ponto de comprometer o atendimento à população.

Em nota, a entidade explica que é considerável o percentual de servidores que deixam cargos públicos por um concurso que assegure melhores salários ou pela iniciativa privada. “Dados do próprio governo mostram que cerca de 100 mil estão prestes a se aposentar. Em um universo de servidores ativos já em número insuficiente para o atendimento à população, esta é uma lacuna que precisa ser sanada”, avalia a Condsef.

Unidas em campanha salarial%2C entidades representativas dos servidores públicos federais consideram a possibilidade de fazer greve geral este anoReprodução

Uma pesquisa da Escola Nacional de Administração Pública, mostra, porém, que de 2002 a 2012 houve crescimento de 28% no número de servidores públicos federais ativos . Eram 883.192 e passaram para 1.130.460.

Desses, 57% são civis do Poder Executivo, 32% são militares, 9% do Judiciário e 2% do Legislativo. Ainda segundo o levantamento, o quantitativo de funcionários do Executivo era de 712.740 em 1988, passou para 486.912 em 2002 e subiu novamente em 2012, para 577.566.
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Para a Condsef, a justificativa do Ministério do Planejamento de que não há recursos para investir no setor público neste momento não procede, pois anúncio feito pela Receita Federal na última quarta-feira mostra que a arrecadação de impostos no Brasil atingiu novo recorde e cresceu 4,08% em 2013. “Os servidores não vão aceitar argumentos falaciosos enquanto acordos firmados ainda em 2012 seguem pendentes”, informou a confederação.