Por tamyres.matos
Rio - A Caixa Econômica Federal está com tarifas promocionais para crédito consignado nas operações de 60 meses para aposentados e pensionistas do INSS. Até o dia 7 de fevereiro, a instituição oferece juros 8,8% menores se comparado com o mercado: a taxa será de 1,55%, ante os 1,7% cobrados atualmente.
Uma das condições para conseguir a redução dos juros é receber o benefício no banco. Para fazer a migração, o aposentado precisa abrir uma conta na Caixa e em seguida ir até o banco de origem para solicitar a transferência do benefício. A própria instituição informa ao INSS sobre a mudança. O processo é gratuito.
Juros reduzidos só valem para aposentados e pensionistas que recebam o benefício na Caixa EconômicaBanco de imagens

Procurado pelo DIA, o Banco do Brasil informou que avalia permanentemente os fundamentos do mercado e da concorrência para estabelecer a política de preços de seus produtos. A instituição opera atualmente com taxas a partir de 0,98% no convênio do INSS, para contratos de até seis meses.

O Santander, por sua vez, oferece aos segurados contratos de três a seis meses com juros de 0,8% e, para operações de 49 a 60 meses, 2,07%. Já o Bradesco informou que as taxas praticadas hoje são a partir de 0,99%.

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O teto legal para a taxa de juros dos empréstimos com desconto na folha do INSS continua em 2,14%, ao mês, desde maio de 2012, apesar da insistência das entidades de aposentados em reivindicar a redução das taxas ou juros zero para a categoria. O INSS paga todos os meses 17,2 milhões de aposentadorias e 7,1 milhões de pensões.
Professor de Finanças do Ibmec-RJ, Gilberto Braga afirma que é preciso pesquisar antes de adquirir o crédito, para conseguir os juros mais baixos. Além disso, ele explica que a operação de empréstimo deve ser emergencial e nunca um hábito.
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“Mesmo com opções tentadoras de empréstimos, é preciso avaliar a real necessidade desse dinheiro no momento. Tem gente que está sempre endividada, quando na maior parte das vezes é mais fácil simplesmente buscar um equilíbrio do orçamento”, diz o especialista.
Empréstimos para terceiros
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Segundo o professor Gilberto Braga, muitos aposentados e pensionistas do INSS fazem empréstimos para amigos ou familiares, que se aproveitam da oportunidade de conseguir taxas de juros menores.
“Os segurados do INSS tendem a ter bom controle dos gastos. O problema é quando agregados ficam em dificuldade financeira e recorrem a eles, que se sentem obrigados a ajudar”, afirma o economista. Para Braga, é preciso tomar cuidado com as parcelas.
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Mesmo que as taxas de juros sejam mais baixas, quando um contrato é muito longo o valor final acaba alto. E ainda há o problema do compromisso com o pagamento. “Às vezes os bancos oferecem opções tentadoras, mas que escravizam os clientes, que ficam presos àquela dívida”, alerta Gilberto Braga.
Por isso, a solução é avaliar não apenas as taxas, mas o tempo previsto no contrato, para verificar se o custo final vale realmente a pena.