Por tamyres.matos

Rio - Servidores de seis hospitais federais e dois institutos do Estado do Rio aderiram ontem à paralisação da categoria, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Rio (Sindsprev). A greve é em defesa da jornada de 30 horas semanais e contra a implementação do ponto eletrônico.

Os profissionais reivindicam ainda melhores condições de trabalho e pedem o fim da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), criada para administrar de forma terceirizada as unidades de Saúde.

Nos hospitais Cardoso Fontes e dos Servidores do Estado (HFSE), os trabalhadores fizeram atos públicos para marcar o início da greve. Hoje, a partir das 10h, haverá nova manifestação em frente ao HFSE. Participam da paralisação ainda os hospitais da Lagoa, de Ipanema, Bonsucesso e do Andaraí, além dos institutos de Traumatologia e Ortopedia e de Cardiologia.

De acordo com o Sindicato, não serão interrompidos serviços emergenciais. Mas ambulatório e cirurgias eletiva serão cancelados por tempo indeterminado. A greve teria sido deflagrada em função da falta de diálogo com o Ministério da Saúde.

No sábado, a pasta divulgou nota classificando a paralisação como “extemporânea” e alegando estar disposta a conversar. Porém, o sindicato argumentou que durante negociação feita no último dia 24, o que se viu foi a “demonstração de intransigência do ministério”.

PONTO ELETRÔNICO

Apesar das manifestações, o controle biométrico começou a ser implementado ontem nas unidades, em fase de testes. Diretora do Sindsprev/RJ, Lúcia Pádua contou que a categoria está aderindo em peso ao boicote decidido nas assembleias. Segundo ela, no Hospital da Lagoa, por exemplo, só se viu uma funcionária registrando o ponto eletrônico durante todo o dia.

NOTA DO MINISTÉRIO

O Ministério da Saúde reafirmou o “compromisso e a disposição em manter o canal aberto de negociação, com sugestão de realização de uma mesa com os representantes das entidades sindicais”. O objetivo é discutir questões relacionadas à implantação do ponto eletrônico e a jornada de trabalho de turno ininterrupto, a ser agendada com a maior brevidade possível.

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