São Paulo - Pelo menos 3 milhões de brasileiros vão circular pelas cidades- sedes da Copa do Mundo que começa no dia 12 de junho, segundo o Ministério do Turismo. Quem já garantiu ingressos para as partidas de futebol precisa ainda reservar as passagens aéreas. Mas, em alguns casos, os preços dos voos dentro do Brasil estão mais altos do que os de viagens para o exterior.
Nos dias 18 e 19 de fevereiro, o portal iG fez uma cotação de preços de passagens de ida e volta no site Decolar.com, comparando rotas para destinos internacionais e para as cidades que vão sediar a Copa entre os dias 15 e 22 de junho. A pesquisa não incluiu impostos e taxas de serviço. Além disso, a conversão do dólar para o real foi feita automaticamente pelo sistema das empresas de turismo pesquisadas.
A viagem mais barata de Campo Grande (MS) para Salvador (BA) custa R$ 697. A passagem mais em conta para Buenos Aires, capital argentina, saindo de São Paulo, tem o preço de R$ 604.
O trajeto com preço mais baixo de Boa Vista (RR) a Belo Horizonte (MG) custa R$1.939 nas datas pesquisadas. Quase o mesmo valor para ir de São Paulo (SP) a Madri, na Espanha, para onde o bilhete mais em conta, na classe econômica custa R$1.950.
De São Luiz (MA) a Curitiba (PR), o trajeto tem preços entre R$ 962 e R$ 2.941, valor mais alto que um voo do Rio para Nova York, nos Estados Unidos. A passagem mais barata para a cidade norte-americana custa R$2.845.
Para viajar de São Paulo a Paris, um turista mais econômico pode desembolsar R$2.550, segundo o levantamento. No mesmo período, a ponte aérea entre Rio e São Paulo chega a R$ 2.028, sendo R$185 o menor preço.
Para assistir aos jogos em Brasília, um morador de Manaus (AM) desembolsaria de R$ 1.507 a R$ 2.849. Já uma passagem mais barata do Rio para Punta Cana, na República Dominicana, com acesso ao mar do Caribe, custa R$ 2.241.
Companhias nacionais adotaram medidas para tentar atrair novos clientes
As empresas aéreas estão disputando mercado para a Copa. A Avianca e Azul anunciaram em janeiro a adoção de tarifa máxima de R$ 999. A Avianca usará o valor limite para os 22 destinos nacionais operados pela empresa. O limite tarifário vai vigorar até 31 de julho, duas semana após o término da competição.
A política de vendas da voadora inclui feriados e eventos do período, como o Carnaval, além do Mundial.
No caso da Azul, as tarifas valem para viagens entre 12 de junho e 13 de julho. De acordo com a companhia, os bilhetes com preços diferenciados já estão disponíveis em todos os canais de vendas da voadora, para os destinos operados pela empresa, independentemente do número de trechos.
A Gol, no entanto, apresentou nova política de valores para voos durante a Copa do Mundo, com 90% dos bilhetes com preços de até R$ 499. A companhia não estabeleceu teto como fizeram a Azul e a Avianca.
Já a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou no mês passado a criação de mais 1.973 voos no período da Copa do Mundo. No total, as empresas aéreas solicitaram alterações ou inclusões de aproximadamente 80 mil voos entre os dias 6 de junho e 20 de julho.
Reportagem de Marcela Lima