Por bferreira

Rio - Aposentados e pensionistas que continuam sendo importunados por correspondências de entidades e associações desconhecidas têm como se proteger do assédio. O INSS do Rio informou que o segurado deve procurar uma agência do instituto e formalizar a queixa. Muitos reclamam que não sabem como dados e endereços caem nas mãos dessas associações que enviam cartas oferecendo serviços jurídicos e falsas promessas de que os aposentados teriam direito a revisões de benefícios e atrasados.

Mas para que os segurados possam se beneficiar dos serviços, eles precisam se associar e pagar taxas mensais. Há casos em que o aposentado já recebe o boleto bancário juntamente com a correspondência que assegura as benesses.

“O segurado que se sentir assediado deve ir a uma agência do INSS e dar entrada formal na reclamação para que possamos encaminhá-la à procuradoria do instituto. Assim, o órgão terá condições de interpelar essas associações. O objetivo é saber como elas conseguem os dados cadastrais e endereços dos segurados”, explica Flávio Souza, gerente-executivo da Gerência Centro do INSS.

Ele ressalta que a denúncia também pode ser feita na Ouvidoria do INSS por meio da Central 135 e do site www.previdencia.gov.br. “É o caso também de o aposentado procurar a Polícia Federal para que seja aberto inquérito para investigar os remetentes. O segurado precisa formalizar a denúncia com provas de que foi assediado. As correspondências servem de comprovação”, orienta o gerente-executivo.

A coluna tem recebido reclamações de aposentados que pediram para não se identificar com medo de algum tipo de retaliação. Uma das entidades que insiste em enviar correspondências é a Associação dos Beneficiários da Previdência Social do Rio de Janeiro (Abeprev).

Em geral, a carta pede que o segurado do INSS compareça ao escritório que fica na Rua Gonçalves Dias, no Centro do Rio, para que seja feito levantamento gratuito sobre um valor a receber. Eles ofereceram serviço jurídico mediante pagamento de cinco parcelas de R$ 219,20. A quitação pode ser feita no boleto ou no cartão.

A presidenta da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio de Janeiro (Faaperj), Yedda Gaspar, disse que também tem recebido muitas reclamações sobre a mesma questão. Lembra que ela mesmo já foi alvo de cartas da Abeprev. “Abri e rasguei em seguida”, conta a dirigente.

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