Por bferreira

Rio - O aumento do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF) para cartões pré-pagos usados em viagens internacionais afundou a procura por este tipo de produto no mercado. Desde que o governo aumentou a taxação de 0,38% para 6,38%, em dezembro de 2013, os turistas brasileiros passaram a optar por outras formas de transportar o dinheiro em viagens, como o cartão de crédito ou o valor em espécie.

Carlos Humberto Andrade Moraes acha que é melhor usar o cartão de créditoarquivo pessoal

Segundo números do Banco Central, o montante movimentado pelos pré-pagos caiu 61,28% em fevereiro deste ano, quando comparado ao mesmo mês em 2013. No mesmo período, as operações em dinheiro em espécie e cheques de viagens aumentaram 28,9%.

Com o imposto equiparado ao do cartão de crédito, uma das únicas vantagens que os pré-pagos ainda conservam é evitar surpresas com o câmbio. Mas para o professor universitário Carlos Humberto Moraes, 45 anos, isso não é suficiente para atrair consumidores.

Ele usou o pré-pago em sua última viagem para os Estados Unidos, mas vai repensar sua estratégia nas próximas viagens. “Eu usava para não carregar grandes quantias em dinheiro. Agora, é melhor usar o cartão de crédito, que é mais seguro e não tem o inconveniente de ter que vender o dinheiro excedente depois”, afirma.

Thiago Azevedo, gerente da casa de câmbio DB, confirma a queda. Ele afirma, entretanto, que ainda há nichos que fazem muito uso do pré-pago. É o caso dos intercambistas. “Quando o filho vai estudar fora, os pais precisam enviar dinheiro, e essa ainda continua sendo uma forma barata”, afirma.

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