Por nara.boechat

Rio - Agentes da Polícia Federal protestaram ontem em vários estados do país, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e também no Distrito Federal. Os atos públicos fazem parte da campanha salarial de 2014. A categoria reivindica melhores condições de trabalho, novo modelo de investigação e reconhecimento de cargos com atribuição de Nível Superior. Emissão de passaportes, orientação a estrangeiros e atendimentos em aeroportos não foram afetados durante a mobilização da classe.

Integrantes da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) também demonstraram irritação com a declaração do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que afirmou não crer na greve de agentes durante a Copa do Mundo. Segundo ele, os policiais não terão comportamento que “ofenderia a dignidade do povo brasileiro”.

No início desta semana, a entidade divulgou uma circular enviada pela direção de Gestão de Pessoal da Polícia Federal, orientando os órgãos de Recursos Humanos a proibirem a compensação das ausências dos policiais, decorrentes de participação em movimento grevista, e declarou no documento que “restou vedado ao servidor policial o exercício do direito de greve.”

A diretoria Jurídica da federação analisa o documento para saber se é possível tomar alguma medida legal. Segundo a federação, os agentes, escrivães e papiloscopistas vão buscar no Poder Judiciário a intervenção “para sanar as arbitrariedades cometidas na Polícia Federal.”

Em 2012, o Ministério do Planejamento ofereceu 15,8% de aumento em três anos. A categoria rejeitou a proposta e preferiu retomar a negociação.

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