Por bferreira

Brasília - O Partido dos Trabalhadores confirmou ontem, no primeiro dia de seu 14º Encontro Nacional, em São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff como pré-candidata à Presidência da República. Eram 20h44, quando o presidente do partido, Rui Falcão, assumiu o microfone e pediu aos presentes que se manifestassem levando seus crachás.

A resposta foi unânime. Aos gritos de “1, 2, 3, é Dilma outra vez”, deputados, vereadores, senadores, ministros, governadores, prefeitos e centenas de militantes petistas, de pé, confirmaram a decisão de apoiar a candidatura à reeleição da presidenta.

O presidente do PT afirmou ainda que é preciso que os petistas estejam unidos para elaborar um programa de governo que represente os interesses da sociedade, principalmente os trabalhadores. Entre os pontos fundamentais, Rui Falcão citou a reforma política, com o voto em lista, “para reforçar os partidos” e o Marco Regulatório da Comunicação, “para acabar com o monopólio dos meios de comunicação” e garantir a verdadeira liberdade de expressão.

Falcão foi seguido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reafirmou seu integral apoio à candidatura de Dilma Rousseff. E avisou que vai participar ativamente da campanha, percorrendo o país.

Ele disse ainda que vai se dedicar mais à campanha de Dilma do que na sua própria, em 2002 e em 2006. E se dirigindo a Dilma, afirmou que basta ela preparar a agenda “que o Lulinha” estará junto dela onde ela quiser que ele esteja.

Dilma agradeceu o apoio do ex-presidente, que chamou de o maior líder político do país, e disse que essa campanha vai mostrar que a amizade e o companheirismo entre ela e Lula são “inquebrantáveis, que ninguém pode quebrar”. E reafirmou que espera ter o partido unido em torno de seu nome na campanha pela reeleição.

Lula anuncia que nos estados só fará campanha para os petistas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou ontem, em seu discurso no 14º Encontro Nacional do PT, que este ano só fará campanha nos estados para candidatos do PT. Ele ressaltou que este ano não tem cargo político ou nenhum outro que o obrigue a se comprometer às alianças regionais. “Não sou presidente da República, nem do PT ou do Instituto Lula. Por isso, não estou subordinado às alianças fechadas pelo Rui Falcão”, afirmou, referindo-se ao presidente do partido.

Ele prometeu que vai estar em todos os estados onde houver candidatos do PT e que sua principal missão é eleger os petistas. Lula disse ainda que este ano vai se dedicar à campanha com muito mais energia do que nas muitas campanhas que já fez.

Segundo ele, o que o motiva, ainda mais do que antes, a trabalhar pelos candidatos do PT é a consciência de que uma “parte da elite” brasileira não o perdoa por ter mudado o país. “Eles não perdoam o sucesso do país”, afirmou.

Você pode gostar