Rio - A coordenação do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio) decidiu nesta sexta-feira que não estará presente na audiência de conciliação convocada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. O sindicato informou que solicitou uma notificação oficial que apresentasse as pautas que serão debatidas no encontro. Alex Trentino, integrante da coordenação, reforçou que a ida à reunião teria que ser submetida à assembleia. A próxima será 15 de maio, ou seja, após o encontro com Fux.
Segundo o STF, o ministro convocou a reunião para entender o motivo do retorno à greve após seis meses letivos de aula, sendo que há um acordo em vigor entre as partes (Supremo, Prefeitura e Estado do Rio). A Corte esclareceu que não caberá a Fux estabelecer se a greve que começa na segunda-feira é ilegal ou não.
Já estão confirmadas as presenças do secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, de um representante da Procuradoria Geral do Estado e da secretária municipal de Educação, Helena Bomeny. Ontem, representantes do Sepe se reuniram com a Secretaria Municipal de Educação. O encontro estava marcado antes da decisão da greve e, segundo o sindicato, não foram apresentadas respostas concretas sobre as reivindicações da classe.
Estado se defende
O secretário estadual de Educação, Wilson Risolia, declarou ontem que é impossível conceder reajuste de 20%, conforme o Sepe exige. “Calculamos vários cenários e apresentamos como parâmetro os 8% concedidos ano passado. Mas o índice pode ser modificado durante o trâmite na Casa Civil, no Palácio e na Alerj”.
Surpresa com greve
Risolia defendeu ainda que o estado foi pego de surpresa pelo anúncio da greve, uma vez que semana passada tinha recebido representantes do Sepe. Ele ressaltou que, se a paralisação se estender após a Copa, será necessário repor aulas aos sábados no segundo semestre ou até no período de férias.