Por bferreira

Rio - A desembargadora Angela Fiorencio, do Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT-RJ), determinou que, no mínimo, um vigilante deve atuar por agência bancária durante a greve da categoria que completa hoje 20 dias. A decisão faz parte da liminar divulgada ontem pelo Sindicato dos Vigilantes do Rio (Sindvig-Rio). Em seu parecer, Angela afirma que por se tratar de uma atividade essencial é necessário manter 40% do efetivo em serviço, sob pena de R$ 10 mil ao sindicato.

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A medida contraria o pedido do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Rio (Sindesp-RJ) que solicitava pelo menos dois agentes de segurança por agência e multa de R$ 15 mil.

O Sindvig-Rio informou que vai acatar a decisão e orientar a todos os vigilantes que imprimam a liminar que consta no site www.sindvig.org.br, “para que seja uma ferramenta contra as ameaças aos vigilantes de supervisores e diretores de empresas”, adverte Antônio Carlos Oliveira, vice-presidente da entidade.

A categoria rejeitou a proposta de aumento de 8% e quer 10% de reajuste salarial, tíquete-refeição de R$20, pagamento do adicional de risco de vida retirado do contracheque dos vigilantes em dezembro, desde que o abono por periculosidade foi regulamentado pelo Ministério do Trabalho.

“Queremos o pagamento dos dois adicionais e não de um só como as empresas vêm fazendo. O risco de vida foi conquistado há quatro anos na convenção coletiva”, disse Oliveira.

Segundo ele, 60% dos bancos no estado estariam fechados por falta de vigilantes. Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que as instituições financeiras têm se empenhado em manter o atendimento nas agências. Afirmou ainda que qualquer tipo de negociação é feita pelos empregadores com os vigilantes.

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