Por bferreira

Rio - Afastamento por motivos de saúde pode rep</MC>resentar mais do que 40% da força de trabalho no setor público. No Distrito Federal, o índice foi de 48% em 2012 e no Rio Grande do Sul, 42%: “Saúde impacta direto nos cofres públicos. No Distrito Federal isso representa um aumento de 20% no valor bruto do dia trabalhado de cada servidor estatutário”, declarou a subsecretária de Saúde, Segurança e Previdência dos Servidores do Distrito Federal, Luciane Araújo. O Rio de Janeiro ainda consolida seus dados na área.

Os dados foram apresentados no 95º Fórum Consad (Conselho Nacional de Secretários de Estado de Administração), que terminou na última sexta-feira.

Outro dado classificado como preocupante foi o número de dias de afastamentos. No Rio Grande do Sul foram 54,5 dias, no Distrito Federal; 14,3 dias, Espírito Santo, 13 dias e Santa Catarina, 15,1. O estudo apresentado pela subsecretária faz parte de um relatório do Grupo de Trabalho Saúde do Servidor, dos funcionários públicos estatuários do DF e dos estados do Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em 2011 e 2012.

Os servidores das secretarias de Educação e de Saúde são os que aparecem no topo da lista na maioria das unidades analisadas. Com afastamentos por transtornos mentais e problemas no sistema osteomuscular. Segundo o secretário estadual de Planejamento, Francisco Caldas, a mesma situação ocorre no Rio: “O cenário é comum na maioria dos estados no país. Já que são carreiras que agrupam o maior quantitativo”.

NOVOS ESTADOS

A pesquisa será incrementada com dados do Acre, de Alagoas, do Ceará e do Pará. O Rio de Janeiro inicia em breve o processo de consolidação. Os afastamentos por motivo de doença compõem a Agenda Comum de Gestão Pública União-Estados, acordo assinado pelo Ministério do Planejamento com o Consad e o Conselho Nacional de Secretários de Planejamento.

OBSERVATÓRIO

Durante o encontro com os secretários de administração, a subsecretária Luciane Araújo sugeriu a criação do Observatório da Saúde do Servidor, composto por equipes de pesquisa na área de saúde do funcionalismo público. O grupo será responsável pela elaboração de práticas de promoção da saúde e de prevenção de agravos com base em evidências.

PROJETO NO CEARÁ

Secretário estadual de Administração do Ceará e presidente do Consad, Eduardo Diogo, destacou no encontro que está levando para o estado o projeto Identidade Funcional, que foi implementado no Rio de Janeiro para todo o funcionalismo. “Na primeira etapa vamos recadastrar os funcionários públicos da capital e da Região Metropolitana”.

CONTINUIDADE

O secretário estadual de Planejamento do Rio, Francisco Caldas, destacou que o recadastramento digital é um processo que deve ser feito de forma contínua. Segundo ele, a coleta dos dados biométricos é feita, inclusive, pelos novos funcionários durante as etapas que envolvem a nomeação. Quem não faz o cadastro não recebe o salário.

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