Por bferreira

Rio - A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia, este ano, continua em queda. Pela 13ª vez seguida, a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi reduzida. Desta vez, a projeção passou de 0,79% para 0,70%.

Para 2015, a expectativa é um crescimento de 1,2%, há duas semanas seguidas. As projeções fazem parte do boletim Focus, resultado de pesquisa semanal junto a a mais de 100 instituições financeiras e divulgado pelo Banco Central (BC).

A expansão do PIB prevista para 2014 pelo mercado financeiro (0,70%) continua bem abaixo do estimado no orçamento federal, de 1,8%, e também é menor que a previsão divulgada pelo Banco Central no fim de junho, de alta de 1,6%.

Para a produção industrial, a projeção de retração permanece em 1,76%. No próximo ano, as instituições esperam por recuperação da produção industrial, com crescimento de 1,70%. A projeção para a cotação do dólar segue em R$ 2,35, neste ano, e em US$ 2,50, em 2015.

As instituições financeiras também mantiveram a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, ao final de 2014, no atual patamar de 11% ao ano. Para o fim de 2015, a expectativa voltou para 12% ao ano. Na semana passada, estava em 11,75% ao ano.

Já para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a estimativa foi ajustada de 6,25% para 6,27%, este ano, e de 6,25% para 6,28%, em 2015. Pelo sistema que vigora atualmente no país, a meta central tanto para 2014 quanto para 2015 é de 4,5%, mas com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

A pesquisa semanal também traz a mediana (desconsidera os extremos) das expectativas para a inflação verificada pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 3,89% para 3,63%, em 2014, e se mantém em 5,50%, em 2015. Para o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a estimativa foi ajustada de 3,98% para 3,87%, este ano, e de 5,59% para 5,54%, em 2015.

IPC-S recua na 3ª semana

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) registrou alta de 0,06% na terceira prévia de agosto, frente ao 0,08 da semana anterior. O indicador sofreu influência da variação de preços do grupo habitação, cuja taxa recuou de 0,39% para 0,27%.

Entre essas despesas, o destaque foi o item tarifa de eletricidade residencial (de 1,42% para 0,57%). Também registraram taxas menores: comunicação (de -0,05% para -0,34%); educação, leitura e recreação (de 0,36% para 0,28%); vestuário (de -0,61% para -0,7%); e despesas diversas (de 0,16% para 0,14%).

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