Por bferreira

Rio - As Olimpíadas de 2016 no Rio já começaram para o setor hoteleiro da cidade. Muitas reservas já foram feitas para atletas que participarão dos jogos. A expectativa de ocupação chega a 100%, mesmo com novos empreendimentos que serão lançados na cidade. Além do segmento, bares, restaurantes e empreendedores se preparam para receber os turistas.

Operários trabalham na construção de empreendimento do grupo português Vila Galé que ocupará o prédio antigo do Hotel MagníficoAndré Mourão/Agência O Dia

“O número de ocupações já está alto para o período em decorrência das reservas feitas pelo Comitê Olímpico Brasileiro. Esperamos ocupação integral e contamos com outros hotéis que serão abertos”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio (ABIH-RJ) Alfredo Lopes.

Os mais recentes empreendimentos são os hotéis Ibis e Mercure, na praia do Pepê, na Barra da Tijuca. A iniciativa é da Accor e terá investimento de R$ 109 milhões.

“Os novos hotéis trazem uma oferta de quase 400 quartos na cidade. Outros três novos estão em fase de construção na Barra, que somam cerca de mil apartamentos”, informou o diretor de novos negócios da Accor, Abel Castro.

Para a abertura da unidade, o Mercure Barra oferece a tarifa especial que reduz o valor da reserva de duas diárias com 50% de desconto pelo site www.accorhotels.com mediante disponibilidade de acomodações.

HOTÉIS SE MODIFICAM

Alguns hotéis devem se transformar em apart-hotéis, para hospedar o turista que terá uma estada maior na cidade. É o caso do Hotel Mercure Ipanema, que passa a se chamar Adagio Ipanema e vai receber investimento de R$ 2 milhões.

Na Lapa, o grupo português Vila Galé prevê para outubro a inauguração de seu primeiro hotel no Rio, que ocupará o prédio do antigo Hotel Magnífico. Dois prédios anexos estão sendo construídos. No mesmo bairro, será lançado o Hotel Bragança, com previsão para o segundo semestre de 2015.

Para Alfredo Lopes, da ABIH-RJ, outros hotéis na vão ajudar o setor. “A tendência pode ser maior nos estabelecimentos do Centro do Rio e na Região do Porto Maravilha, que podem ser modificados por permissão da Justiça”, disse.

“O hotel é de fácil conversão de sua estrutura por ter apartamentos espaçosos, principalmente para as cozinhas. Assim, optou-se por adaptá-los para suprir a demanda por hospedagem prolongada no Rio”, explicou o diretor de operações da Accor para marcas na América do Sul, Patrick Mendes.

Segundo o executivo, um diferencial da rede é o sistema de tarifas decrescentes proporcionalmente ao tempo de estada do turista.

Pequenos negócios serão fornecedores dos jogos

As Olimpíadas e paralimpíadas devem movimentar cerca de R$ 7 bilhões com a contratação de produtos e serviços, segundo o Comitê Organizador Local. Desse total, o Sebrae estima que aproximadamente R$ 700 milhões envolverão a participação direta de micro e pequenas empresas.

Para qualificar os pequenos empresários para atuarem nos dois eventos, a instituição vem desenvolvendo uma parceria com o Comitê Olímpico Internacional (COI) e já cadastrou cerca duas mil empresas, que estão aptas a se tornarem fornecedores para os jogos.

É a primeira vez na história dos Jogos Olímpicos que o COI, oficialmente, estabelece esse tipo de parceria para beneficiar apenas os micros e pequenos empreendimentos no país sede.

Entre as demandas já apresentadas pelo Comitê, estão a compra de mais de um milhão de itens que incluem 24 mil bolas de tênis, 40 mil camas e 12 mil computadores, além dos serviços de especialistas em logística e fornecedores de grandes equipamentos.

“O nível de exigência do evento é bastante elevado. A empresa precisa estar preparada para entregar os produtos e serviços no prazo e com a qualidade contratada, além de obter todas as certificações necessárias, informou o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

Com isso o empreendedor ganha experiência e competitividade e passa a integrar a cadeia produtiva de grandes empresas, sejam elas nacionais ou internacionais. É o caso do empresário Renato Soares de Paula. “Quero criar produtos inspirados nos esportes dos Jogos Olímpicos”, afirmou o empreendedor, proprietário de uma pequena fábrica de cartões magnéticos recicláveis.

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