Por bferreira

Rio - Comprar remédios com descontos de até 60% e pelo celular. A novidade que segue a onda do uso da internet móvel, está em aplicativos que podem ser baixados de graça ou por valores mensais pouco maiores do que o de uma passagem de ônibus. A novidade que alivia o bolso mereceu, no entanto, um alerta da Anvisa: é necessário ter cuidados ao comprar medicamentos por meio do comércio eletrônico.

Além de aplicativos que reúnem descontos nos preços dos remédios, Farmácia Popular e rede Pague Menos também são opções para quem procura por medicamentos baratosCacau Fernandes / Agência O Dia

A plataforma SaúdeControle (saudecontrole.com.br), por exemplo, é uma startup que oferece remédios com preços mais em conta, chegando aos 60% de desconto. “É só a primeira de várias vantagens que vamos oferecer aos nossos clientes”, ressalta o criador do app, Phelipe Spielmann.

Para conseguir o abatimento na rede com mais de 20 mil farmácias e mais de dois mil medicamentos, é necessário se cadastrar no pacote premium. O serviço custa R$ 3,90 por mês.

“O valor da mensalidade do pacote premium será rapidamente recuperado pelo consumidor nas primeiras compras”, explica o presidente do SaúdeControle, Adrianno Barcellos.

Além de aplicativos, há pelo menos outros cinco sites que podem ser acessados pelo celular que oferecem pesquisa de medicamentos: Remédio Barato, Mais Preço, Clique Farma, SaúdeControle e o Consulta Medicamentos (consultaremedios.com.br). Este último localiza os valores nas regiões mais próximas ao consumidor em todo o país. Com isso, lojas menores que não têm sites podem ser encontradas pela internet. O Consulta Medicamentos é gratuita por dez dias.

“A primeira dificuldade que tivemos com o serviço foi exatamente o volume de farmácias que estavam no mundo virtual, o que dificultava fazer comparações. Por isso, começamos a montar uma loja online para as empresas”, explica o diretor do Consulta Remédios, Paulo Vion. Segundo ele, o começo do site, eram 53 lojas virtuais, e hoje já são mais de 289 farmácias cadastradas.

O técnico de informática Alexandre Polli, 35 anos, já conseguiu desconto em remédio ao pesquisar o preço do medicamento pela internet. “Eu estava procurando farmácias que tinham o remédio mais barato. Acabei descobrindo os sites que oferecem programas de benefícios”, disse Alexandre.

Para se beneficiar do SaúdeControle, o usuário deve inserir seus dados e acessar. O aplicativo pode ser baixado na loja do Google ou da Apple, para ser usado no desktop, smartphone, no tablet, iPad ou iPhone.
A plataforma SaúdeControle armazena os dados dos usuários (serviço na nuvem), o que permite ao paciente unir, em um só local, todas as suas informações referentes a sua saúde.

Fora da internet, o consumidor que procura descontos tem opções em farmácias populares e na rede Pague Menos. Alguns remédios para asma, hipertensão e diabetes podem ter o preço reduzido em 90%.

Com a oferta de medicamentos pela internet, é preciso ter cuidados. Segundo a Anvisa, o comércio eletrônico é o principal veículo de comércio de produtos falsos. É necessário ter certeza que o site é confiável, conversando com o médico.

Remédio é o 3º item mais importante no comércio virtual

Segundo a e-Bit, a categoria saúde, beleza e medicamentos é a terceira mais importante para o comércio eletrônico brasileiro com 12% do total de pedidos. Fica atrás apenas de eletrodomésticos e moda.

Pesquisa de preços do Cliquefarma mostra que comprar remédios pela internet é, no mínimo, 16% mais barato do que em farmácias. A comparação foi feita para uma amostra de dez medicamentos, e calculou diferenças de valor entre o varejo físico e virtual da mesma rede.

A análise foi feita em quatro bandeiras de farmácias (Drogaria São Paulo, Droga Raia, Drogasil e Onofre) e comparou os preços publicados na internet e o de lojas no mês de julho. As compras pela rede são isentas de taxa de entrega para valores entre R$20 e R$100, conforme a loja.

Nas lojas de rua, os preços com e sem carteirinha de desconto são, respectivamente, de 16% e 45% mais altos do que nas lojas virtuais da mesma cadeia. As variações registradas não levam em conta diferenças de valores entre os concorrentes.

Pela análise feita, quando comparado o preço com carteirinha de desconto, oito medicamentos tinham preço médio inferior na internet, um igual e outro superior. Sem desconto, todos os preços de loja eram superiores ao online. O site Cliquefarma pesquisa preços de 40 farmácias.

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