Por felipe.martins

Rio - A auditora internacional KPMG se recusou a aprovar o relatório e as contas do primeiro semestre do Banco Espírito Santo (BES) publicados ontem, citando a falha do banco português em fornecer informações adequadas sobre sua posição financeira. A empresa também alertou sobre possíveis prejuízos adicionais.

O documento consolidado do BES confirmou prejuízo de quase 3,6 bilhões de euros (cerca de R$ 10,54 bilhões), revelado pela primeira vez em 30 de julho, em grande parte devido à crise financeira da família fundadora da instituição. As perdas forçaram o banco central de Portugal a agir no dia 3 de agosto com um plano de resgate de 4,9 bilhões de euros (R$ 14,36 bi) para o maior banco do país, usando fundos públicos.

Contratada para fazer a auditoria dos resultados, a KPMG informou em um relatório publicado junto às demonstrações financeiras do BES, que não forneciam quaisquer ajustes e informações adicionais exigidas como resultado do resgate. A empresa de contabilidade divulgou que “a classificação, possibilidade de recuperação e realização dos ativos, como o pagamentos de suas dívidas registradas nos resultados financeiros em 30 de junho são incertos.”

A nova administração — instalada pelo banco central português em julho — suspeita que ocorreram comportamentos ilegais no BES. O BC de Portugal ordenou nova auditoria forense na instituição.

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