Por adriano.araujo

Rio - Apesar do ano problemático para o IBGE, que passou por greve recente e enfrenta dificuldades com o corte de verbas do governo federal, é grande a possibilidade de o instituto lançar concurso ainda este ano. Segundo o diretor pedagógico da Academia do Concurso, Paulo Estrella, o órgão enviou para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão um pedido de contratação de mais 1.564 servidores.

Elana Pontes trabalha durante o dia e faz curso para concurso à noiteDivulgação

Estrella diz que são 1.044 vagas para técnico em informações geográficas e estatística, cargo que exige nível Médio, e outras 520 divididas entre os cargos de formação Superior, como analista de planejamento, gestão e infraestrutura em informações geográficas e estatística, e tecnologista em informações geográficas e estatística. “O pedido, segundo o órgão, foi feito baseado no grande número de aposentadorias previstas para os próximos anos”, relata o diretor da Academia. Ele diz que os ganhos desses cargos são bem atrativos, variando de R$3.323,91 a R$ 8.691,63.

De acordo com Estrella, a banca organizadora poderá ser a mesma do último certame ocorrido ano passado: a Fundação Cesgranrio. Ele avalia que o candidato deve se preparar bem, já que a disputa será acirrada. “Na última seleção para o cargo de técnico, a relação candidato/vaga foi bastante alta, chegando a 397. O que aponta para uma necessidade de estudo com bastante antecedência. Apesar da simplicidade relativa dos conteúdos, a alta concorrência exige uma preparação mais cuidadosa e detalhada”, avalia o especialista.

No que se refere aos dois cargos de nível Superior, a relação candidato/vaga foi menor, ficando em 108 concorrentes. “A menor relação candidato/vaga para esses cargos é compensada pelo volume e complexidade maiores dos conteúdos para esses cargos”, acrescenta.

Professor de Atualidades da Academia do Concurso, Marcelo Saraiva afirma que o conteúdo programático deverá ser mantido. “Acredito que não irá mudar, tendo em vista a natureza multidisciplinar do trabalho no IBGE, pois o conteúdo anterior já era bem abrangente”, explica Saraiva. “A última prova abordou temas sem cobrar aspectos menores ou superficiais sobre os assuntos”, acrescenta.

A vendedora Elana Ferreira Pontes, 21 anos, estuda para concursos há dois anos e agora está se preparando para prova do IBGE. “Trabalho durante o dia e faço curso na Academia durante a noite. Os dias em que mais estudo são os sábados e domingos, pois é quando tenho mais tempo”, conta a jovem.

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