Rio - Servidores do Poder Judiciário Federal do Rio de Janeiro, do Distrito Federal e de seis estados decidiram suspender a greve da categoria e aguardar um novo posicionamento do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, sobre a tramitação do projeto de lei que reajusta os vencimentos da classe.
Durante o seu discurso de posse, o presidente da Corte se comprometeu em negociar com o Poder Executivo o aumento dos magistrados e dos servidores, mantendo a independência dos poderes.
Recentemente, o Executivo ordenou corte no orçamento do Poder Judiciário e do Ministério Público da União.
A medida impossibilitaria a concessão de novos reajustes para os servidores da Justiça e do MPU. Contrária à decisão, a Federal Nacional , Fenajufe, ajuizou ação no STF questionando o corte. Também impetraram mandados de segurança a Procuradoria Geral da República (PGR) e três associações de magistrados — Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). A ministra do STF Carmen Lúcia será a relatora.
Diante da promessa de Lewandowski, as bases regionais da federação decidiram promover atos públicos para pressionar o andamento do trâmite. Hoje, os servidores vão se concentrar na porta da sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio, na Avenida Presidente Wilson, no Centro do Rio.
Na semana passada, a ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber pediu informações à Presidência da República sobre o corte na proposta de aumento de salário aprovado pelos ministros do Supremo.