Por felipe.martins

Rio - A atividade econômica apresentou crescimento de 0,27% em agosto, com percentual dessazonalizada (ajustado para o período). É o segundo mês consecutivo em que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado ontem, registra aumento. No mês julho, a alta foi 1,5%. Em junho, foi registrada queda de 1,51%.

O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Entre os componentes do indicador estão a Pesquisa Industrial Mensal e a Pesquisa Mensal de Comércio. A projeção do Banco Central para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano é de 0,7%, segundo o último Relatório Trimestral de Inflação divulgado em setembro. Pelos cálculos do Ministério da Fazenda, a economia brasileira terá expansão de 0,9%.

Na comparação com agosto de 2013, o índice apresenta queda dessazonalizada de 0,15%. Sem o ajuste, a baixa seria 1,35%. No acumulado do ano, em valores já ajustados, houve aumento de 0,4% na atividade econômica. Considerando os últimos 12 meses, o aumento do IBC ficou em 0,93%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária. Nos 12 meses encerrados em agosto de 2014, é possível observar um crescimento de 0,88% na série sem ajuste. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, o indicador passou para o terreno negativo, ao ficar com uma taxa de -0,11% (sem ajuste). Até julho, por esse critério, ainda era verificada uma leve alta de 0,07%.

Porém, em junho, o índice havia crescido 1,52%, segundo dados revisados. Assim, o número passou de 146,34 pontos em julho, na série dessazonalizada, para 146,73 pontos em agosto. Na comparação entre os meses de agosto de 2014 e de 2013, houve retração de 1,35% também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, agosto terminou com IBC-Br em 148,56 pontos. O indicador de agosto ante o mesmo mês de 2013 mostrou um recuo maior do que o apontado pela mediana (-1,00%), mas também ficou dentro das previsões (-1,70% a +0,30%).

Teto da meta para 2015 é de 6,5%

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros (Selic) do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, os juros básicos estão em 11% ao ano e a expectativa do mercado é que o índice permaneça até o fim deste ano.

Para 2014 e 2015, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, podendo chegar desse modo a 6,5%, sem que a meta seja descumprida.


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