Por tamara.coimbra

São Paulo - As ações das empresas estatais recuavam fortemente na Bovespa na manhã desta segunda-feira, com agentes financeiros reagindo à reeleição da presidenta Dilma Rousseff no domingo, por uma margem apertada. Uma das principais insatisfações de operadores e analistas em relação às diretrizes econômicas do governo federal vinha do que consideram como intervenção excessiva nas estatais, que eles veem persistindo com a continuidade de Dilma no Palácio do Planalto.

Dilma vence a mais disputada eleição presidencial dos últimos 25 anosReuters

Às 10h32 desta segunda, as preferenciais e ordinárias da Petrobras despencavam mais de 12% cada. Banco do Brasil caía 10%. Eletrobras PNB tinha queda de 11%, enquanto o papel ON perdia 13,3%.

"Se Dilma optar por um caminho diferente, pode conseguir acalmar o mercado. Caso insista em nomes que não são bem aceitos pelo mercado, teremos mais quatro anos extremamente ruins na economia. No primeiro momento, o mercado não irá dar o benefício da dúvida a ela", disse o gestor de um fundo no Rio de Janeiro, pedindo para não ser identificado.

No caso de Petrobras, o UBS colocou a recomendação de "compra" e o preço-alvo de R$ 20 em revisão, citando incertezas relacionadas aos preços do petróleo e à taxa de câmbio, bem como ao cenário político.

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