Por adriano.araujo

Rio - A falta de cultura financeira e previdenciária no país é apontada como uma das principais causas para a adesão em ritmo lento dos servidores públicos federais às fundações de previdência complementar. Desde a regulamentação planos, em 2013, os funcionários que recebem acima do teto do INSS, de R$ 4.390,24 e desejam ter aposentadoria condizente com a remuneração atual, têm que contribuir para o Funpresp (Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal).

No Poder Executivo Federal, 23.147 servidores ingressaram após o dia 4 de fevereiro de 2013, data da instituição da fundação, e recebem acima do teto do INSS. Até o início de novembro foram registradas 7.332 adesões (31,6%). Apesar do ritmo desacelerado, a Funpresp-Exe informou que está próximo de atingir a meta de 2014, de 7.800 e que, portanto, está dentro da expectativa.

Confira como é feita a contribuiçãoArte O Dia

No Poder Judiciário, foram 3.963 posses, das quais 2.467 foram de novos servidores, que são o público-alvo da Funpresp-Jud. No início de novembro foram registrados 1.009 participantes (40,9%).

Segundo a Funpresp-Jud, o percentual de adesão dos novos servidores ainda se encontra em patamares abaixo das expectativas por desconhecimento dos servidores. A Funpresp-Jud informou ainda que pesquisas são constantemente divulgadas e comprovam que a maioria dos brasileiros gasta mais do que ganha e não se preocupa com o futuro previdenciário.

Atualmente, o patrimônio total da Funpresp-Jud é de R$ 28,5 milhões, sendo R$ 3,6 milhões do plano de benefícios e o restante do aporte inicial. São 98 patrocinadores no total — tribunais do Poder Judiciário Federal, todos os ramos do Ministério Público da União e o Conselho Nacional do Ministério Público.

Já a Funpresp-Exe tem patrimônio de R$ 110 milhões, com arrecadação em torno de R$ 4,1 milhões por mês. A fundação conta com 205 patrocinadores, 202 do Executivo (administração direta, autarquias e fundações) e três do Legislativo ( Câmara, Senado e Tribunal de Contas. Os fundos alertam que a cada dia que o servidor deixa de contribuir, perderá no volume a receber na aposentadoria.

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