Por bferreira
Rio - Quem não conseguiu aproveitar todas as ofertas da Black Friday terá uma segunda chance. Diversas empresas prorrogaram as liquidações até amanhã, com descontos de até 80%. O festival de abatimentos ontem foi marcado por lojas e shoppings lotados, sites sobrecarregados e com dificuldades para dar conta da grande movimentação. Os consumidores se dividiram entre aqueles que conseguiram boas ofertas e os que se decepcionaram com falsas promoções.
Para muitos consumidores%2C a Black Friday foi uma boa oportunidade de comprar os presentes de Natal com preços mais em contaCarlo Wrede / Agência O Dia

A campanha vale até amanhã em diversos shoppings, entre eles, Nova América, Botafogo Praia Shopping, Boulevard Rio, Fashion Mall, Ilha Plaza, NorteShopping, Plaza Niterói, Recreio Shopping, Via Brasil, Tijuca, e West Shopping.

Também prorrogaram as ofertas redes varejistas, como Casas Bahia, Ponto Frio e Marisa, além de lojas, como Mercatto, Limits e Fnac. Para quem quer viajar, a Gol Linhas Aéreas e a MSC Cruzeiros também mantiveram as ofertas até domingo.

A Black Friday já havia movimentado, até as 21h de ontem, R$ 497 milhões apenas no comércio eletrônico brasileiro, de acordo com dados da ClearSale, empresa especializada na prevenção e detecção de fraudes na internet, em parceria com o Busca Descontos. Ao todo, foram 1.245.056 de transações durante o período de 20h da quinta-feira até as 21h de ontem. O tíquete médio de compra ficou em R$ 399,50.
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Ainda na tarde de ontem, o site Reclame Aqui já havia contabilizado 7.600 queixas de consumidores. Segundo o portal, as mais recorrentes foram por problemas para navegação no site, falta de estoque dos produtos e maquiagem de preços, incluindo a famosa oferta “metade do dobro”, e a cobrança de frete caro, compensando os descontos nos preços.
Segundo a Proteste (Associação de Consumidores), porém, foram detectados menos abusos que nos anos anteriores. Prazo de entrega demorado e descontos abaixo dos anunciados foram as principais dificuldades, segundo a associação.
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DEMORA NAS NOTAS
O servidor público Marcelo Frota, 46 anos, teve problemas ao comprar uma televisão. A loja no Centro não conseguia emitir nota fiscal pelo computador, o que atrasava os pagamentos. “Enfrentei filas enormes e vi que os estabelecimentos não davam conta do grande volume de clientes”, diz.
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Apesar disso, conseguiu bom desconto. Pagou R$ 2.990 em um aparelho de TV que custava R$ 4.290 antes da liquidação. “Pesquisei meses antes de comprar”, conta.
No exterior, confusões marcam a data
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Um dia após o Thanksgiving, ou Dia de Ação de Graças, a Black Friday começou cedo nos Estados Unidos. Algumas lojas abriram as portas às 6h, com imensas filas do lado de fora e consumidores enlouquecidos. Em Londres, na Inglaterra, a polícia foi chamada para conter a confusão em sete lojas da rede de supermercados Tesco.
Como em todo ano, houve correria e empurra-empurra para aproveitar os preços baixos, principalmente nas redes de departamentos do exterior. Para evitar problemas, nos Estados Unidos as grandes lojas contrataram vendedores e seguranças a mais, e ameaçaram expulsar quem não seguisse as regras. Os diferentes horários de abertura das lojas também ajudaram a distribuir o fluxo. Segundo a BBC, em Londres três homens foram presos e uma cliente ficou ferida após ser atingida por um aparelho de TV.
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Consumidor que pesquisou conseguiu preço mais baixo
Para alguns consumidores, a Black Friday foi a oportunidade de comprar os presentes de Natal a bons preços. Foi o caso da designer Joana Branco, 33 anos, que economizou R$ 150 ao levar dois pares de patins para as filhas. “Depois comprei quatro livros pela metade do preço e um CD para meu irmão com desconto de 40%. E ainda consegui mais 12% de abatimento sobre o valor total pagando no boleto”, conta.
A analista de mídia Camila Paula Bezerra Silva, 23 anos, aproveitou a liquidação para comprar um fone de ouvido. “Busquei em sites comparativos de preços e achei vários com descontos reais. A Black Friday cai em uma época muito boa, pois as pessoas estão com a primeira parcela do décimo terceiro na mão e a fatura do cartão de crédito já virou”, diz.
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A fotógrafa Manoela Lemos, 29, também conseguiu uma televisão com preço mais baixo. “Pesquisei em um portal que reúne dicas de internautas. Consegui comprar uma TV 4K da Samsung por R$ 2.500. Antes, o valor girava em torno de R$ 4 mil e R$ 6 mil”, afirma.
Na Fnac, DVDs e Blu-ray de filmes estão de 20% a 80% mais baratos. TVs, jogos para PS3, X-Box e Wii também estão pela metade do preço.
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No Ponto Frio, o consumidor ainda encontra produtos com 70% de desconto. O secador de cabelo Mondial com prancha, por exemplo, passou de R$ 149,90 para R$ 51,90. Já nas Casas Bahia, o rack para TV que custava R$ 339 sai por R$199,90.
Na Mercatto, o vestido drapeado está com 60% de abatimento: de R$ 49,90 por R$ 19. Também é possível comprar blusa estampada de R$ 49,99 por R$ 15,99.
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Na segunda-feira, é a vez da Black Monday. A campanha promovida pela Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis) vai dar 50% de desconto nas suítes do Shalimar e do Shelton, no Rio, incluindo para o pernoite.
Colaborou Angélica Martins
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