Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - Se viajar é bom, com descontos entre 20% a 50% é melhor ainda. É dessa forma que consumidores que se programam, com pelo menos seis meses de antecedência, aproveitam as férias no exterior. Além disso, o conforto de poder escolher os melhores lugares nos voos e nos hotéis também atrai os viajantes precavidos.
Por exemplo, quem deseja ir ainda este mês para Miami, nos Estados Unidos, consegue comprar um pacote com passagem aérea e hospedagem, por pessoa e por uma semana, a US$ 1.988 (R$ 5.147,62), na agência Mar-tha Rio. Entretanto, se o mesmo destino for planejado para junho de 2015, o preço cai para US$ 1.600 (cerca de R$ 4.141,12). O pacote fica 20% mais barato com uma redução de R$ 1.006.

Sócia da agência Mar-tha, Cristiana Chao explica que é possível dar desconto aos clientes que se antecipam em razão da própria disponibilidade das companhias aéreas e dos hotéis. “Quanto mais procura existe, mais caro os quartos e as passagens ficam. Por isso recomendamos que a pessoa procure até mesmo com um ano de antecedência”, alerta.

O aposentado Ilmar Marinho%2C 72%2C antecipou a compra da viagem para maio do ano que vemPaulo Araújo / Agência O Dia

Foi exatamente assim que o aposentado Ilmar Marinho, de 72 anos, conseguiu planejar a viagem para os Estados Unidos com mais conforto. Ele comprou as passagens neste mês para viajar em maio do próximo ano. De acordo com ele, esse é um hábito que ele recomenda a todos. “É muito melhor pagar menos e poder escolher o hotel que eu quero, sem pressa”, relata.

Publicidade
Para Alexandre Bruno, gerente da agência CVC, o brasileiro está aprendendo a programar a viagem. De acordo com ele, a quantidade de consumidores que buscam passagens para a véspera do passeio tem diminuído ao longo dos anos. “Tenho clientes que compravam pacotes com uma semana de prazo e agora adquirem a próxima viagem logo depois de acabar as férias atuais”, lembra.
Na CVC, ir para Nova York com passagens e hospedagem incluídas compradas seis meses antes do voo pode sair por US$ 1.200 (R$2.757). Enquanto quem pretende embarcar para o mesmo destino no dia seguinte ao da compra pagará US$2.519 (R$ 5.788), ou seja, diferença de 52%.
Publicidade
Nas agências de viagens online não é diferente. O diretor do site Decolar.com, Alípio Camanzano, explica que há muitas opções de pacotes e o desconto depende de alguns fatores, como o destino e o tempo de estadia, além das tarifas cobradas por cada companhia. “Mas uma coisa é certa: quanto maior for a antecedência, maior será o abatimento”, garante.
O consultor em varejo Marco Quintarelli alerta: “Tente evitar qualquer negociação em que ofereçam com variação cambial. Procure adquirir com o valor final fechado, mesmo que parcelado em reais.”
Publicidade
?Voos diurnos são mais baratos do que noturnos
Ao contrário do que muitos brasileiros pensam, as passagens áreas para voos noturnos não são as mais baratas. De acordo com uma pesquisa feita pela agência ViajaNet, a economia para quem escolhe pelas viagens diurnas ou vespertinas pode chegar a 190%, desde que programadas com antecedência.
Publicidade
Um trecho do Rio para Recife, por exemplo, custa R$ 260, em média, para um voo na parte da manhã. Na madrugada, o valor para o mesmo percurso pode passar de R$770, uma diferença de mais de 190% ou quase o triplo do valor.
Segundo o levantamento, na ponte aérea entre Rio e São Paulo, a mais movimentada do país, também há diferença significativa no custo dos bilhetes, se comparados os voos noturnos com os diurnos. Na madrugada, a passagem custa cerca de R$ 235 para uma viagem no mês de outubro 2015, enquanto que, tanto no período da manhã, quanto da tarde, o mesmo trecho sai por, aproximadamente, R$ 80.
Publicidade
Na rota entre Brasília e São Paulo. O valor para o voo na madrugada, no começo do mesmo mês, é de cerca de R$ 160, enquanto que nos demais períodos a passagem custa em média R$ 107.
CUIDADOS COM O SEGURO
Publicidade
Para não correr riscos de prejudicar as férias, a contratação de um seguro viagem, principalmente para jornadas internacionais, pode ser essencial. Nilton Dias, gerente comercial da seguradora Seguralta, comenta algumas questões comuns em relação à cobertura, preços e casos de obrigatoriedade da apólice.
COBERTURA
Publicidade
Atendimento médico e odontológico, interrupção e cancelamento de viagem, acidentes pessoais, morte acidental, invalidez permanente parcial ou total por acidente e extravio de bagagens.
VALOR DE HOSPITAIS
Publicidade
Os valores são altos, por exemplo, nos Estados Unidos, onde o sistema de saúde é limitado até mesmo para quem nasceu lá. Existem casos de hospitais que cobram cerca de US$ 2 mil (cerca de R$ 5 mil) em internações.
CUSTO
Publicidade
O valor varia porque depende do que consta na apólice. Em geral, vai de US$ 6 mil (R$ 15 mil) a US$ 150 mil (R$ 388 mil).
OBRIGATORIEDADE
Publicidade
Em alguns países o seguro é obrigatório. Por exemplo, no Reino Unido, França, Irlanda, Alemanha, Espanha, Portugal, Grécia, Noruega, Holanda, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Hungria e Itália.
?Com reportagem de Angélica Martins
Publicidade
Publicidade