Por bferreira
Rio - O mercado de trabalho é dinâmico. Por isso, enquanto alguns profissionais tentam novos desafios para desenvolver competências, outros correm atrás de melhores salários ou da carreira dos sonhos. Mas como seria avaliar o mercado sem ser antiético ou infringir regras de etiqueta com o atual empregador?
O chefe deve ser informado da participação em processos seletivos em outras empresas, mesmo se o profissional correr o risco de represálias? Ou é melhor manter o segredo, mesmo com a possibilidade da verdade sobre o assunto vir à tona?
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O ideal é ser franco, mas a decisão de comunicar ou não ao chefe vai depender do grau de confiança que ele inspira.
Veja alguns cuidados na hora de buscar oportunidades no mercado de trabalho.
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Por Janaina Ferreira
PERGUNTA E RESPOSTA
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“Estou procurando outro emprego sem ninguém da minha empresa saber. É errado eu agir assim?”
Luan, Glória
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Olá, Luan. Mudar de empresa faz parte da trajetória profissional. Entretanto, alguns chefes se sentem “donos” do funcionário e não costumam reagir bem quando o subordinado pensa em mudar de empresa. Portanto, é preciso ser discreto e ético para não prejudicar a própria imagem perante o mercado de trabalho.
E isso começa por não enviar currículos ou fazer contatos para entrevistas usando qualquer recurso da atual empresa. O correto é usar o e-mail pessoal, o próprio celular, fazer contatos e marcar entrevistas fora do horário de expediente. O bom entrevistador entenderá o motivo da sua atitude.
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Vale lembrar que muitas empresas monitoram as contas de e-mail dos funcionários. Tenha certeza da seriedade e do método de trabalho antes de enviar o currículo para agências de empregos. Ao responder aos anúncios de vagas não identificadas, existem casos onde o candidato envia o currículo ao seu atual empregador. E isso pode até terminar em demissão.
A postura ideal do profissional é ser transparente, conversar sobre os planos de crescimento na carreira com o gestor, pedir orientações e sinalizar caso pretenda mudar de empresa.
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Assim, o chefe toma conhecimento das ambições do funcionário e tem oportunidade de se posicionar quanto a poder ou não atendê-las. Mas, se a chefia não abre espaço para uma conversa franca, resta construir a carreira sozinho.
Ou seja, precisa existir a certeza de que não ocorrerão represálias, pois buscar melhores oportunidades no mercado de trabalho é um direito do trabalhador. A franqueza é uma via de mão dupla e, se o gestor não a tem para com o funcionário, este naturalmente se desobriga de tê-la.
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Caso consiga um novo emprego, agradeça ao chefe e aos colegas pela oportunidade de trabalharem juntos, e siga em frente na construção da sua carreira de sucesso.
Boa sorte!
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Janaina Ferreira é professora do Ibmec-RJ. Amanhã, Sucesso nas Finanças.
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