Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - Os principais blocos da cidade já começaram sua temporada de desfiles e deram a largada para as vendas de fantasias no comércio popular do Rio. Na Sociedade de Amigos da Rua da Alfândega (Saara), no Centro, o movimento aumenta durante o almoço, quando empresários, trabalhadores e estudantes de todas as classes sociais dividem o mesmo espaço em busca de adereços para a folia. Os preços são democráticos: há desde arcos da Minnie por R$ 2 até fantasia de odalisca por R$ 50, e, claro, outras mais caras. O segredo é enfrentar o calor e percorrer as ruas para encontrar a melhor oferta. As lojas dão descontos de até 10%.
Destino certo de quem busca fantasias, a Casa Turuna completa 100 anos em abril e já tem motivos para comemorar. Segundo o gerente Marcelo Servos, 46 anos, o movimento cresce a cada dia. “Temos recebido cerca de mil pessoas por dia. Mas ainda vai aumentar. O pessoal sempre deixa para a última hora, então o auge deve ser na semana que vem”, espera o comerciante.
Clara e Stephanie foram à Saara comprar fantasias de princesa. A dica%2C segundo elas%2C é pesquisar preçoBruno de Lima / Agência O Dia

Presidente da Saara, Ênio Bittencourt acredita que este ano as vendas estejam mais fracas que em 2014, mas não desanima. “Acho que vai melhorar quando chegar mais perto do Carnaval”, afirma. Segundo ele, os lojistas oferecem descontos de até 10% para quem comprar à vista.

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As amigas Stephanie Rodrigues e Clara Eringer, ambas de 20 anos, foram ao mercado popular escolher os modelitos para curtir a Banda de Ipanema, que desfila hoje. “Vamos em um grupo, todas vestidas de princesa. Encontramos preços bons, mas tem que pesquisar. A mesma saia está custando R$ 45 em uma loja e R$ 27 na outra”, conta Stephanie.
Também foram encontradas diferenças de preços em outros produtos. As coroas de flores para o cabelo, por exemplo, tendência deste Carnaval, custam entre R$15 e R$ 6, dependendo da loja. O chapéu de pirata, outro produto que costuma ter muita procura, varia entre R$ 8 e R$ 10.
Comércio tem opções a partir de R%24 2 para quem não abre mão da fantasiaDivulgação

A bancária Michelle Teixeira de Barros, 32, vai participar dos blocos vestida de noiva e comprou um véu na Saara por R$ 10. “Meu marido vai de ar-condicionado”, disse ela, rindo. Já a auditora Eliane Maia, 38, sairá de Mulher Maravilha no bloco Desliga da Justiça, que também desfila hoje. Ela desembolsou R$ 35 na saia da personagem, enquanto uma fantasia completa sairia por até R$ 90. “Vou improvisar com o que já tenho em casa para não gastar tanto”, explica.

Esse, para a consultora de moda Ana Carolina Soares, é o segredo para economizar. “O ideal é tentar ser criativo, improvisar com as peças que já estão no armário. Com uma camisa listrada e um short vermelho, por exemplo, nasce uma fantasia de marinheiro estilizada. Já um lenço vira turbante de Carmen Miranda”, ensina a blogueira do Hoje Vou Assim Off. “Em brechós há vestidos de paetês incríveis por R$ 20. O momento é de reaproveitar, repensar o consumo”, completa.

Comércio tem opções a partir de R%24 2 para quem não abre mão da fantasiaDivulgação

Rio atrai 1,3 bi de turistas

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O Carnaval do Rio vai atrair 1,3 milhão de turistas para os 456 blocos de rua, desfiles no Sambódromo e outras festas na capital e nos municípios de Búzios, Cabo Frio, Petrópolis, Angra dos Reis e Paraty. De acordo com o Ministério do Turismo, os gastos desses turistas no estado estão estimados em R$ 1,2 bilhão. E devem ficar em R$ 982 por pessoa durante período. Os números superam os do ano passado: as seis cidades reuniram 1,2 milhão de turistas em 2014, com gastos em R$ 1,18 bilhão.
Somente na cidade do Rio, 977 mil pessoas são esperadas para os festejos, o que representa 28% do movimento total da temporada de verão do município, conforme estimativa da Secretaria Estadual de Turismo (Setur-RJ).
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Em todo o país, o número de turistas esperado é de 6,8 milhões, gerando acréscimo de mais de R$ 6,6 bilhões à economia nacional, com forte impulso ao setor de serviços. O faturamento do período representa 3% do total gerado anualmente pela indústria de viagens e turismo no país.
Segundo o ministro do Turismo, Vinicius Lages, o Carnaval é uma festa estratégica. “Nos coloca em posição de destaque no mundo, não só como organizadores de grandes eventos, mas principalmente por ser uma legítima celebração da cultura brasileira”, afirma.
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