Por felipe.martins, felipe.martins
Brasília -  As declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que o governo não vai manter o real valorizado artificialmente serviram de combustível para fazer a cotação do dólar fechar aquecida nesta sexta-feira. A moeda norte-americana subiu 2,96% atingindo o patamar de R$ 2,68 na venda, após bater R$2,69 na máxima (+3,06%). Em janeiro, a divisa valorizou 1,15%.
A alta foi a maior registrada desde setembro de 2011, chegando perto de R$ 2,70. O movimento de sexta-feira anulou completamente as perdas ocorridas durante o mês de janeiro. O giro financeiro ficou na casa de US$ 1 bilhão, segundo a BM&F.
Segundo Levy%2C “estabelecer situação fiscal que dê tranquilidade imediata a todos%2C esse é o desafio imediato”Reuters

Em palestra a empresários e investidores, o ministro disse que não há intenção do governo em manter o real valorizado. No entanto, a assessoria do Ministério da Fazenda divulgou que Levy havia se referido ao câmbio mundial.

“Eu acho que o câmbio não se controla tanto assim. Não é variável que se vá fazer grandes operações”, afirmou.

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Levy defendeu ainda a manutenção do contingenciamento dos gastos no país. Segundo ele, o resultado fiscal do governo mostra que a economia precisa ser redirecionada para reduzir alguns gastos, antes de começar a introduzir novos impostos.
“Estabelecer uma situação fiscal que dê tranquilidade imediata a todos, esse é o desafio imediato”, disse a empresários e investidores.
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ESTABILIZAÇÃO
Para analistas, apesar das declarações de Levy, o dólar vai se estabilizar na próxima semana com perspectiva de mais moedas nos mercados e o rigor fiscal no Brasil. O movimento da cotação também foi influenciado pelo decepcionante crescimento de 2,6% dos Estados Unidos no quarto trimestre. O fluxo de saída de investidores estrangeiros do país, devido ao rebaixamento do risco da Petrobras feito pela agência de classificação Moody’s também impactou no desempenho da moeda.
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