Por karilayn.areias

Rio - As obras de Mestre Valentim fazem parte da história do Rio de Janeiro. Por isso, o Jardim Botânico incluiu em suas comemorações pelos 450 anos da cidade a restauração de peças do artista que estão expostas no local. São duas Aves Pernaltas e as estátuas da ninfa Eco e do caçador Narciso.

Estátua da ninfa Eco é uma das obras de Mestre ValentimDivulgação

Nascido em 1745, no Estado de Minas Gerais, Valentim da Fonseca e Silva realizou todo o seu legado em terras cariocas, na segunda metade do século 18. “O artista teve papel fundamental no desenvolvimento do Rio no período colonial, construindo chafarizes e fontes que abasteciam de água a população carioca e as embarcações que ancoravam no cais da cidade”, conta a museóloga do Jardim Botânico Luisa Rocha.

Entre 1779 e 1783, ele desenhou e construiu o primeiro jardim público da cidade e do país, o Passeio Público, onde ficavam as obras, confeccionadas em cantaria e fundição em liga de estanho e chumbo. As aves faziam parte do Chafariz dos Jacarés e os demais trabalhos, do Chafariz das Marrecas.

Em 1896, com a demolição da fonte, as estátuas foram transferidas ao Jardim Botânico. Hoje, estas esculturas fazem parte do Memorial Mestre Valentim, que foi inaugurado em 1997 no arboreto do Jardim Botânico.

Segundo especialistas na obra do artista, os chafarizes têm grande importância na evolução da arte no Brasil, pela utilização de elementos da flora e fauna nacionais. Além disso, foram as primeiras esculturas fundidas de que se tem notícia no país.

As Aves Pernaltas, segundo a arquiteta Monica Roccio, apresentam corrosões e oxidação. As estátuas de Eco e Narciso, com trincas e ferrugem.

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