Por bferreira

Rio - Quem tem filho adolescente sabe que o WhatsApp está ocupando muito tempo da nossa vida. E parece que seu uso abusivo está passando dos limites. No Facebook, por exemplo, a amiga Bety Orsini pede socorro: “Preciso de uma solução para um problema que está me tirando do sério. As duas moças que trabalham aqui em casa vivem o dia inteiro (mas é o dia inteiro mesmo) trocando mensagens no WhatsApp e atrapalhando o trabalho. E olha que não sou nenhuma exigente. A coisa está me deixando nervosa”.

Pois é, Bety. A solução mais básica é conversar, pedir para suspender o uso do aplicativo, ou trocar a senha do wi-fi. A não ser que suas ajudantes tenham um ótimo pacote de dados, elas vão acabar desistindo do papo furado.

Uso exagerado do whatsapp está causando vários problemas de sociabilidadeReprodução Internet


Mas o problema é mesmo generalizado. No setor de serviços no Rio, que já é vergonhoso por natureza, você invariavelmente tem que esperar que a atendente da lojinha (ou o taxista, ou o trocador do ônibus etc.) leia e responda seus ‘zapzaps’ antes de atender você.

É um terror, e a triste notícia é que esse condicionamento vergonhoso está apenas começando. Esta internet nossa de cada dia, usando PCs e quetais, vai ficando para trás, como lembrou dia desses o Jack London, que está com livro novo na praça (‘O mundo real vai acabar amanhã’).

Também não é à toa que vemos a indústria investindo justamente nas tecnologias vestíveis (nome estranho para wearable, em inglês). A questão é que é linguagem oral que manda na Humanidade, e as nossas tecnologias digitais estão ajudando-a a retomar sua força. (Infelizmente, a escrita não é o forte de grande parte da população mundial...). Não por acaso, e para desespero das operadoras, o WhatsApp tratou de criar uma ferramenta permitindo a transmissão de voz.

Imagine quando nossos prestadores de maus serviços começarem a trocar mensagens faladas — em alto e bom som... Ou seja, a promessa é assustadora. E a ‘culpa’ desse desvio não é da tecnologia. O problema é o uso que se faz dela. Ou a falta de educação.

>>> Estudantes do Brasil: A Escola 24Horas lançou o aplicativo Professor Web, que roda em iOS ou Android. Consiste numa equipe de professores de plantão 24 horas por dia, sete dias por semana, tirando dúvidas de estudantes de disciplinas do ensino médio e fundamental.

NOTAS

MENOS COMPRA
O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulga pesquisa mostrando que 47% dos consumidores têm diminuído suas visitas aos sites de compras coletivas. Enquanto isso, 42% deles adquiriram produtos e serviços. A questão é: trata-se de perda de confiança ou de crise mesmo?

MICROSOFT NO SEU TABLET
A Microsoft começa a invadir os tablets Android (ou seja, praticamente todos menos o iPad). A gigante vai instalar Word, Excel, PowerPoint, OneNote, OneDrive e Skype nos aparelhos da Dell e Samsung. Mas outras virão em breve. É uma boa estratégia para catequizar o povo.

NO CREO EN BRUJAS...
Acaba de ser divulgada a história de que, em 2002, um dos criadores do Google, Sergey Brin, pediu a uma candidata a estágio que redigisse um contrato de venda da alma dela ao diabo. Não se sabe se o contrato foi assinado, mas candidata foi contratada.

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