Por bferreira

Rio - Eis uma cena infelizmente comum nos vídeos do Facebook: o sujeito chega na porta de casa com o seu carro, passa pelo portão da garagem e, quando pensa que está seguro, dois vagabundos numa moto (ou a pé mesmo) aproveitam o portão ainda aberto e invadem o ambiente. É uma modalidade bem comum de invasão e assalto a residências, num momento de alta vulnerabilidade das vítimas.

Daí que, fuçando a internet, descobri uma certa Tela de Bloqueio MPAAR, tecnologia com patente brasileira que tem tudo para ganhar o mundo. Bem interessante. Trata-se de um equipamento que permite que o veículo entre na garagem, mas impede que pessoas ou motos façam o mesmo. O tal sistema MPAAR trabalha com telas energizadas, funcionando como uma cerca elétrica. O veículo grande atravessa a cerca porque ele funciona como isolante —e, assim, a descarga elétrica não vai afetá-lo. Essa mesma corrente é extremamente baixa e não letal. Sem risco, portanto, de fritar o sujeito invasor.

No fim das contas, parece ficção cientifica, mas é apenas a aplicação prática, em grande escala, de um princípio chamado Gaiola de Faraday, sobre o qual você pode ler em http://bit.ly/1F6FKxv. O site da MPAAR é ohttp://www.teladebloqueio.com/.

E mais importante que isso: o sistema é um bom exemplo de inovação.

HAJA PACIÊNCIA PARA TANTO VÍDEO NO FACEBOOK

Tenho visto uma avalanche de vídeos no Facebook —muita bizarrice inútil, por sinal. Não por acaso, em abril a rede social bateu a marca de quatro bilhões de visualizações diárias de vídeos. Coisa pra burro.

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E parece que vai piorar, porque a equipe deles acertou em cheio ao permitir que o compartilhamento de vídeos esteja cada vez mais simples. Antes, você tinha que publicá-lo, digamos, no YouTube e, em seguida, colar a URL na sua timeline. Meio tosco, talvez, mas funcionava. E a reprodução automática do vídeo, que começa a rolar mesmo que você não esteja interessado nele, foi outro ponto positivo (para o Facebook, claro). E haja banda larga para tantas imagens enfileiradas na sua timeline.

Quem apanha, com isso, é o velho You Tube — onde, a meu ver, é que está o verdadeiro repositório da produção audiovisual do planeta. Ali encontra-se o melhor e o pior — e não só o pior, como quase tudo do Facebook.

A propósito: 76% dos brasileiros compartilham senhas do Facebook com seus parceiros íntimos. Quando se trata de senha de bancos, entretanto, somente 10% dos entrevistados conhecem a senha do parceiro. Dados da Intel Security.

>>> Assim não pode: o consumidor brasileiro pode esperar até 46 dias para receber uma encomenda feita em lojas online, como mostra pesquisa da consultoria Sieve Price Intelligence. Com esse tipo de atendimento no nosso e-commerce, fica difícil ser otimista.

NOTAS

DIGA AMÉM
Voltou a operar, com força total, o Faceglória, que é uma espécie de rede genérica do Facebook direcionada a evangélicos e afins. Em vez do tradicional botão do “Curtir”, o site exibe o “Amém”. Beijo gay não pode; foto de biquíni, pode. É um ótimo espaço para divulgação de artistas gospel, igrejas e tudo o que gira nesse grande mercado da fé.

LEITURA DE BORDO
Muito bem sacado o livro do Felipe Ost Scherer, recém-lançado pela Alta Books, “O time dos sonhos da inovação - Lições dos maiores inovadores da atualidade”. Estão lá algumas boas histórias que fizeram a diferença na carreira dos criadores da Google, do Facebook, da Apple e de outras empresas importantes da indústria de tecnologia. Além de incentivar o leitor a procurar soluções criativas para seus problemas, o livro pode render boas ideias para quem está em busca de novos rumos. E muita gente está nessa, tenho certeza.

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