Por bferreira

Rio - Dois mil trabalhadores escolherão hoje a nova diretoria do Sindicato dos Comerciários do Rio. Será primeira a tomar posse depois da destituição da família Mata Roma, que comandava a entidade desde 1966. O então presidente Otton Mata Roma foi afastado pela Justiça no ano passado, sob suspeita de nepotismo e desvio de dinheiro.

Apesar do esquema de segurança que está sendo montado para garantir a tranquilidade do pleito, acusações entre as chapas sinalizam que o resultado pode ser questionado. A Chapa 3 — Trabalho e Ética, e uma outra formada pela CUT, que foi impugnada, acusam o interventor judicial José Carlos Nunes, de atuar em favor da vitória da Chapa 1 — A Hora da Mudança. Um áudio disponibilizado nas redes sociais, atribuído a Nunes, sugere que ele estaria montando um grupo para assumir o controle do sindicato.

“Na gravação, ele diz que o poder Judiciário está apoiando”, afirma Ademar Isidoro, que encabeça a Chapa 3. “Tiraram o Mata Roma, só que montaram outro esquema”, afirma Valeir Ertle, da CUT, que acusa Nunes de tentar lotear o sindicato a membros do PC do B.

O interventor José Carlos Nunes nega as acusações, diz que não tem nenhuma ligação com o partido e afirma que está sofrendo ameaças desde que assumiu a função.

“Sou perito, professor e advogado. Minha esfera de atuação é altamente técnica”, afirma ele, sobre sua atuação. Estima-se que o resultado da eleição saia na madrugada de quinta-feira. As chapas têm 48 horas para entrar com recurso na Comissão Eleitoral.

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