Por bferreira

Rio - Você anda preocupado com o tempo que perde conectado a Facebook e afins? Anda incomodado com os amigos que não conseguem desgrudar do WhatsApp nem mesmo durante as refeições? A má notícia é que não é só você que tem esse problema. A boa é que não sei se esse vício tem cura, mas tem tratamento. Pelo menos é o que promete o pessoal do Instituto Delete, criado pelo Instituto de Psiquiatria da UFRJ, com a participação de profissionais da área de Saúde, Comunicação e Tecnologia.

A questão é que a dependência digital não está diretamente relacionada ao tempo que o sujeito passa conectado, mas à capacidade de controlar o uso da tecnologia. Questão delicada.

Para reforçar o tratamento desse tipo de usuário ‘descontrolado’, o Delete acaba de criar uma escala para avaliação de dependentes em WhatsApp, Facebook e afins. Elas são determinadas a partir de um questionário de 20 perguntas que, devidamente respondidas, indicam quão grave é o caso. A dependência ou perda de controle na vida real é avaliada a partir de cinco pontos: Excitação e Segurança, Relevância, Tolerância, Abstinência e Conflitos na Vida Real. O teste está disponível no site www.institutodelete.com.

O Delete também oferece atendimento gratuito no campus da UFRJ da Praia Vermelha (Av. Venceslau Brás 71). Tenho certeza de que a turma lá vai ter muito trabalho.

É DURA A VIDA HONESTA

Abranet diz que as empresas de internet criaram no Brasil 57%2C8 mil empregos entre 2012 e 2014.Arte%3A O Dia

É por estas e por outras que fica difícil acreditar... O excelente ‘Convergência Digital’ descobriu que o Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação, não tem a mínima noção de a quantas andam os projetos ‘Um Computador por Aluno’ (UCA) e do ‘tablet educacional’. Além de projetos sérios, eles consumiram nada menos que R$330 milhões dos cofres públicos — ou seja, a minha, a tua, a nossa grana. Todo esse dinheiro foi gasto na compra de milhares de notebooks ou tablets, que seriam distribuídos pelas escolas públicas do país. É muito preocupante ver que um dos poucos bons projetos para Educação, no país, acaba morrendo dessa maneira.

...MAS TEM QUE TER FÉ

E é por estas e por outras que a gente acaba voltando a acreditar... A Abranet diz que as empresas de internet criaram no Brasil 57,8 mil empregos entre 2012 e 2014. De acordo com o levantamento, que foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, foram abertos, em média, 19.260 novos postos de trabalho nos últimos três anos. O crescimento acumulado do número de funcionários foi de 18,47%, com média de 5,82% ao ano. A Abranet também divulgou que, em 2012, as empresas de Internet faturaram R$ 96,4 bilhões; em 2014, foram R$ 144,6 bilhões, o que representa um aumento de 50%, graças à desoneração da folha de pagamento (Lei 12.546/2011).

ARRASA-QUARTEIRÃO: Vai desembarcar por aqui, em julho, a Xiaomi, fabricante de celulares chinesa que é principal concorrente da Apple e da Samsung em alguns mercados do mundo, com modelos bons, bonitos e baratos. Concorrência é sempre bom para o consumidor. Ou não?

NOTAS

POR FALAR EM FACEBOOK...
Chega ao Brasil o Facebook Lite, versão da rede desenvolvida para conexões mais lentas, típicas da nossa terrinha. Por enquanto, só roda nos smartphones com sistema Android (a maioria dos Samsungs, Motorolas etc, menos iPhone e outros menos cotados). A nova versão usa menos de 1MB, deixando o carregamento do aplicativo mais rápido.

DE OLHO NA GALERA
Dia desses a gente viu aqui que os chineses estão usando drones para evitar colas entre alunos que estejam fazendo provas para o ‘vestibular’ local. Mas nós também temos algo parecido. Para garantir a segurança do concurso para soldado guarda-vidas, o Instituto Acesso Público vai usar drones para filmar todas as etapas dos testes de capacidade física e habilidade específica — que não são molezinha. Além disso, os candidatos usarão chips nos tênis para marcar o tempo na corrida de meio fundo. Mais informações no site acessopublico.org.br.

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