Por felipe.martins

Rio - Os consumidores vão continuar pagando adicional máximo nas tarifas de conta de luz em agosto. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou ontem que a bandeira vermelha vai vigorar neste mês novamente, provocando custo extra de R$ 5,50 a cada 100 quilowatts/hora (kWh) de energia consumidos.

A cor vermelha indica que o custo de produção da energia está mais alto. Quando a bandeira fica na cor verde, não há cobrança de taxa. Na cor amarela, o consumidor tem que pagar R$ 2,50 para cada 100 kWh de energia consumidos.

Desde que o sistema de bandeiras tarifárias entrou em vigor, no início deste ano, valeu a bandeira vermelha em todos os meses. O principal motivo é a escassez de chuvas no país, que provoca a necessidade de uso de usinas térmicas para suprir a demanda de energia. Este modelo de produção é mais caro que a energia produzida por hidrelétricas.

A bandeira tarifária vermelha vigora desde o começo deste ano Reprodução

Segundo a Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias permite que os clientes das concessionárias ajustem o seu uso de energia de acordo com a bandeira em vigor. Sabendo que está vermelha, por exemplo, ele pode programar melhor seu consumo no mês, evitando desperdícios.
No início da semana, o diretor-geral da agência, Romeu Rufino, havia antecipado a vigência da bandeira vermelha para agosto.

“Apesar de as chuvas terem melhorado e de haver uma sinalização de redução na carga prevista até o fim do ano, mesmo assim a bandeira tarifária continuará vermelha. Mas estamos vendo um cenário positivo à frente e o preço da energia no curto prazo (PLD) tem sido decrescente”, afirmou Rufino, após uma reunião da diretoria da agência.

Na ocasião, Rufino também falou sobre a recomendação a do Tribunal de Contas da União (TCU), de que o governo licite novamente 39 concessões de distribuição de eletricidade que vencem entre 2015 e 2017.
“Na minha opinião, a solução encontrada pelo governo de renovar essas concessões é a mais adequada”, disse Rufino.


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