Rio - O Crowdfunding, ou financiamento coletivo, é uma ideia de sucesso que chegou ao Brasil há mais ou menos seis anos, e hoje, mesmo durante o enfrentamento de uma crise econômica, os financiamentos surpreendem e não param de crescer. Gestores de sites de crowdfunding no Brasil apontam que essa é mais uma alternativa para produzir, consumir e se relacionar. Mais do que uma tendência, o crowdfunding mobiliza recursos e movimenta a economia.
Veja as fases de uma campanha de financiamento coletivo
No primeiro semestre de 2015, a Catarse, primeiro ambiente online de financiamento coletivo para projetos de empreendedorismo no Brasil, levantou R$ 31 milhões em doações para os projetos cadastrados na sua plataforma. Foram mais de 200 mil pessoas que apoiaram pelo menos um projeto, dentre os quais 1.813 foram aprovados. “Com crise ou sem crise, continuamos crescendo”, afirma Anthony Ravoni, 24, indexador de informações da Catarse.
No Rio, com o incentivo da incubadora Rio Criativo, nasceu a Benfeitoria, única plataforma de crowdfunding que não cobra um valor fixo de comissão. “A maioria das plataformas cobra em torno de 9% do valor do projeto. Nós sugerimos 6%, mas a colaboração é livre”, explica Luisa Rodrigues, 25, responsável pela comunicação na Benfeitoria.
Como o modelo vem ganhando cada vez mais espaço no país, Luisa acredita que uma regulamentação seja importante. “No Brasil as recompensas oferecidas são simbólicas, produtos ou serviços, logo, criar formas de incentivos e facilitações fiscais às pessoas físicas e jurídicas que destinam dinheiro nas plataformas pode ajudar a ampliar investimentos aos projetos”, explica.
Raquel Abrantes, analista do Sebrae/RJ, diz que, no Brasil, o modelo ainda está em construção, mas grandes plataformas já estão em pleno funcionamento. “O mais importante é que apresentem projetos consistentes e substanciais, para conquistar os investidores”, pontua a analista. Raquel aposta na criatividade do brasileiro e acredita no sucesso do crowdfunding.
Reportagem de Paola Lucas
