Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - Em época de orçamento apertado, até o ovo de Páscoa vai encolher este ano. Para caber no bolso do consumidor, as grandes fábricas diminuíram o produto e apostam nas versões menores do tradicional símbolo da Páscoa. A ideia é diminuir o repasse da pressão de custos entre 7% e 15%, atrelados ao dólar, como o preço do cacau e do açúcar, além de outras matérias-primas.

A Chocolates Munik, por exemplo, diminuiu o tamanho dos ovos de chocolate da linha saúde. O ovo diet da marca e o de cacau 50%, que na Páscoa do ano passado pesavam 200 gramas, foram reduzidos para 130 gramas, conta a gerente comercial e de marketing da empresa, Leila Detício. Com isso, o desembolso do consumidor diminuiu.

Os ovos de Páscoa têm como matérias-primas o cacau e o açúcar que foram atingidos pela alta do dólarDário Oliveira / Parceiro / Agência O Dia

No ano passado, o consumidor gastava R$ 39,80 pelo ovo diet e R$ 34,90 pelo de cacau 50%. Neste ano, os preços são de R$26 e R$ 23, respectivamente. Ocorre que, o preço por grama foi mantido de um ano para outro, em R$ 0,19 no caso do ovo diet e em R$ 0,17 no ovo de cacau 50%. “Não estamos repassando 15% de aumento de custo de produção por causa da alta do dólar”, explica a gerente comercial.

A TopCau é outra fabricante de ovos de Páscoa que trabalha com produtos de menor tamanho, até 250 gramas, porque 60% dos volumes fabricados são de produtos licenciados de personagens infantis, diz a gerente de marketing, Alais Valentini Fonseca. Neste ano, a empresa está produzindo miniovos, de 96 gramas, que representam um desembolso menor para o consumidor.
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Hábitos mudam diante da crise
A crise também mudou a preferência do brasileiro na hora de comprar produtos do dia a dia, como alimentos industrializados e itens de higiene e limpeza. Embalagens menores e maiores, conhecidas como econômicas, caíram no gosto do consumidor, enquanto as intermediárias perderam participação nas vendas.
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Uma pesquisa feita pela consultoria Nielsen mostra que nas 20 categorias mais importantes em faturamento nos supermercados, como cerveja, refrigerante, industrializados de carne, entre outras, aumentou em 60% a importância da embalagem econômica nas vendas. Essa embalagem é aquela que é maior, na qual o consumidor desembolsa mais num primeiro momento, mas o produto sai por um valor unitário menor. No estilo leve 10 e pague 8.
?Com informações da Agência Estado