Por bianca.lobianco

Rio - Mais de 15 mil pessoas, entre professores e funcionários de escolas municipais e estaduais, estiveram nas ruas da Zona Sul protestando por melhores condições de trabalho. Eles chegaram ao Palácio da Cidade, em Botafogo, por volta das 13h50. No local, eles pediram uma reunião com o prefeito Eduardo Paes para atender reivindicações ou pelo menos uma posição sobre um encontro.  

O vereador Leonel Brizola Neto (PDT) entrou no Palácio como porta-voz dos manifestantes, mas não obteve retorno. "A resposta que tive é que hoje não tem expediente aqui e o prefeito não está disposto a conversar. Assim fica muito difícil resolver essa questão. É a luta dos profissionais de educação da cidade do Rio. Não é possível que o prefeito não tenha a sensibilidade de ouvir essa gente", disse Brizola. 

No Flamengo, a passeata recebia adesão a cada quarteirão que passava. Os comerciantes que estavam de portas fechadas na Rua Marques de Abrantes reabriram os estabelecimentos. O manifestantes pediam para que os donos das lojas não fechassem as portas. "Fecha a porta não, quem está na rua é a educação".

Os funcionários revinvidicam reajuste de 19%, plano de carreira unificado, 1/3 da carga horária para planejamento, e o fim da premiação individual para os professores que aprovararem mais alunos.

Érika Arantes, professora de História da Escola Municipal Paulo Silva, em Campo Grande, na Zona Oeste, afirmou que a Secretaria de Educação mente quando diz que os professores não estão em greve.  

"Não conheço um professor que esteja trabalhando, está todo mundo parado. O povo está abraçando a causa dos professores. Estamos na rua para defender a educação dos filhos dessas pessoas. E não é apenas pelo reajuste salarial,  é por melhores condições de trabalho", disse. A Praia de Botafogo ficou interditada, sentido Copacabana, a partir da Avenida Oswaldo Cruz. 

Mais de 15 mil professores se reúnem em protesto Estefan Radovicz / Agência O Dia



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