Rio - Os professores da rede estadual de ensino do Rio resolveram manter a greve da categoria. A decisão ocorreu no início da tarde desta quarta-feira, em assembleia realizada no Clube Municipal, na Tijuca. os profissionais de educação reivindicam, entre outros pontos, reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), mais de mil profissionais das escolas estaduais participaram da plenária, que também decidiu que a próxima assembleia da categoria será realizada na próxima terça-feira, em local a ser confirmado.
"A decisão de continuar a greve, iniciada no dia 8 de agosto, se deu porque o governo do estado ainda não avançou no processo de negociação com a categoria e se mantém irredutível na determinação de lançamento de código 30 (falta) para os profissionais que estão fazendo a paralisação", informou comunicado do Sepe nesta quarta.
Os profissionais da rede estadual reivindicam a retirada do veto do governador à emenda da categoria (decreto 2.200), que determinava uma escola para cada professor, reajuste de 28%, 1/3 para planejamento entre outras reivindicações.
Assim que acabar a assembleia, os profissionais da rede estadual se dirigirão para a Alerj, onde será realizado ato unificado com os profissionais do município do Rio, profissionais da Faetec e da Uerj.
Impasse nas negociações
Cerca de quatro mil professores das redes estadual e municipal de Educação se reuniram na manhã desta terça-feira, para uma assembleia, no Clube Municipal, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Do lado de fora outros mil professores interditaram a Rua Haddock Lobo, na altura da Rua Campos Sales, o que deixou o trânsito bem complicado na região. Equipes da CET-Rio, Guarda Municipal e Polícia Militar orientaram os motoristas no local.
Após a assembleia, os grevistas seguiram em passeata em direção à Prefeitura, na CidadeNova. Por volta das 13h, o grupo estava concentrado em frente à sede e gritava 'A educação parou!'.
Desde o dia 8 de agosto, os profissionais da rede municipal se encontram em greve e manifestam por vários pontos da cidade. No último dia 14, mais de 10 mil profissionais marcharam do Largo do Machado e seguiram até o Palácio da Cidade, em Botafogo.
Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), a expectativa para hoje é de colocar mais de 20 mil profissionais na porta da Prefeitura, na Cidade Nova, para protestar contra as últimas declarações do prefeito Eduardo Paes, que quer cortar o ponto dos grevistas sem qualquer decisão judicial a respeito da legalidade ou não da greve.