Rio - A Secretaria Estadual de Educação vai cortar o ponto dos servidores em greve. O procedimento foi autorizado ontem pelo Tribunal de Justiça do Rio, que derrubou a liminar que impedia o governo de descontar os dias parados dos professores em greve.
A pasta informou à coluna que definirá se o desconto será retroativo ao começo da paralisação, em 8 de agosto. Nesta segunda-feira, 662 servidores, de um total de 91 mil, faltaram ao trabalho, informou a secretaria. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) vai recorrer do corte e também da liminar que manteve a multa diária de R$ 300 mil.
Enquanto isso, na rede municipal, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, voltou a endurecer o discurso com a categoria. Ele se negou ontem a receber os dirigentes da entidade e proibiu que secretários se reúnam com a classe, que retomou a greve na sexta-feira.
Segundo nota oficial, a Prefeitura do Rio entende que a negociação, a partir de agora,deve acontecer no âmbito parlamentar:“Diante da postura partidarizada, intransigente e fechada ao diálogo do Sepe-RJ, a prefeitura decidiu não retomar as negociações enquanto a categoria permanecer em greve.” Ainda de acordo com a nota, não havia reunião marcada com o sindicato para ontem à noite.
O sindicato rebateu a informação e declarou que o encontro entre os coordenadores e o secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, foi marcado na presença de 50 servidores que ocuparam o 13º andar da prefeitura na última sexta-feira: “Soubemos pela imprensa que a reunião foi desmarcada. A prefeitura não tem respeito pelos professores”, afirmou Suzana Gutierrez, uma das coordenadoras do Sepe.
Segundo ela, a adesão à greve é de mais de 80%. Os servidores não voltam às aulas enquanto o projeto com o novo plano, enviado pelo Executivo, tramitar em regime de urgência e no formato original.